Ontem, ‘Dia Mundial da População’, a Iniciativa Liberal Madeira alertou para aquela que considera ser a “maior ameaça silenciosa à sustentabilidade da Região”: a crise demográfica.
“Em 2024, a idade mediana dos residentes da Região Autónoma da Madeira já era de 47 anos. A população está a envelhecer rapidamente, a natalidade continua em queda e a renovação geracional depende, cada vez mais, da imigração”, descreve o partido, com base em notícia veiculada na Madeira.
“Estima-se que, a partir de 2056, o número de idosos por cada 100 jovens se estabilize entre 400 e 450. Ou seja, haverá quatro idosos por cada jovem, uma proporção que coloca em risco o equilíbrio da sociedade madeirense e o futuro da Região”, adita a IL.
“Hoje, para muitos jovens madeirenses, constituir família é um projeto adiado – ou abandonado – por falta de condições reais. A precariedade no trabalho, os salários baixos, a dificuldade em aceder a uma casa e o custo de vida crescente criam um cenário onde a decisão de ter filhos se torna cada vez mais difícil. Não é por falta de vontade que se tem menos filhos – é por falta de meios. Sem segurança económica, não há confiança. E sem confiança, não há filhos”, condena, defendendo que “é preciso criar condições para que os jovens fiquem, regressem e escolham a Madeira para viver e formar família. Isso implica menos impostos sobre o trabalho, mais acesso à habitação, liberdade na escolha da escola, valorização do ensino técnico e digital, e políticas reais de apoio à natalidade”.
“Estamos a perder uma geração inteira e a hipotecar o futuro da Madeira. Ou enfrentamos a crise demográfica com coragem, ou não teremos quem construa o amanhã.”, afirma Gonçalo Camelo, deputado da Iniciativa Liberal na Assembleia Legislativa da Madeira.