A superiora geral das Irmãs de Apresentação de Maria mostrou-se confiante de que o congresso internacional que assinala os 100 anos de presença da congregação na Madeira, a decorrer no Funchal, vai mostrar que esta “está viva”.
“Estou convencida que ao regressar cada uma [irmã] ao seu próprio país, que vai levar uma certa energia positiva, que viveu aqui, que sentiu o pensar daqui, que a congregação está viva”, afirmou a irmã Maria dos Anjos Alves, em declarações à Agência ECCLESIA.
A responsável considera que, apesar de “grandes desafios pela frente”, o congresso global ‘Educação, Solidariedade e Evangelização: Da Europa para a Madeira, da Madeira para o Mundo’, que termina na sexta-feira, vai ter um “grande impacto” na congregação.
Para a irmã Maria dos Anjos Alves, estar a celebrar os 100 anos a chegada das Irmãs da Apresentação de Maria à Madeira naquele mesmo local “tem um significado muito grande”, uma vez que foi ali que a congregação nasceu e que aquele é o seu berço.
“Foi aqui que a Madre Rivier enviou a Madre Trindade das Companheiras. Como dizia a Madre Geral na época, a fundação portuguesa tem de ser feita com irmãs portuguesas, foi isso que aconteceu”, assinalou.
Apesar do cansaço de algumas irmãs na Madeira, a superiora geral das Irmãs de Apresentação de Maria refere que “há um certo vigor e uma certa esperança”.
“Na minha cabeça estou a pensar, talvez, depois disto, até escrever uma circular à congregação para suscitar qualquer coisa, o Espírito Santo vai falar”, revelou.
Falando no ambiente escolar de hoje, a entrevistada observa que este é totalmente diferente do de antigamente, mas defende que os educadores têm de estar “atentos” à realidade e aos contextos religiosos e políticos em cada situação.
“Nós vemos pela Madre Revier, que foi uma mulher empreendedora e que soube adaptar-se à realidade que ela vivia na França, sem medo, mas com prudência. A Madre Trindade, que chegou aqui à Madeira, também era uma mulher muito empreendedora, mas ela soube estar atenta às necessidades do meio, responder com dificuldade”, lembrou.