Governo e Câmara comprometem-se com o futuro do ’24 Horas a Bailar’ em Santana

O Festival Regional de Folclore – ‘24 Horas a Bailar’, em Santana, celebra este fim de semana 40 anos com garantias de apoio reforçado por parte do Governo Regional e da Câmara Municipal. A iniciativa voltou a destacar-se pela valorização das tradições madeirenses, com elogios ao envolvimento da comunidade e ao papel da cultura na identidade regional.

Na abertura da segunda parte do Festival, na Praça Nova da Cidade, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, garantiu que o executivo madeirense continuará a apoiar o evento, mantendo a sua essência e valorizando o seu papel na promoção da identidade cultural da Região.

“Este festival marca os eventos regionais, o panorama das festas tradicionais e contribui para continuar a desenvolver a cultura e o acesso à educação e formação dos nossos jovens”, destacou.

Albuquerque sublinhou ainda que o ‘24 Horas a Bailar’ tem sido um sucesso ao longo das últimas quatro décadas, promovendo a cultura, a etnografia, os costumes e as artes madeirenses.

E deixou uma certeza: “Enquanto eu estiver no Governo vou continuar a apoiar este evento, que é muito importante do ponto de vista de promoção da nossa cultura e sobretudo o entendimento daquilo que somos”, frisou.

Dinarte promete reforçar apoio

Já Dinarte Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Santana, começou por saudar os 50 anos da Casa do Povo de Santana e os 46 anos do Grupo de Folclore de Santana, que entende ser “uma instituição importantíssima” que “merece todo o nosso orgulho e carinho”.

Além disso, o autarca manifestou satisfação com o aumento da afluência de público e a maior participação de mais barracas no leilão em comparação com o ano passado, considerando estes sinais positivos do envolvimento da comunidade.

O edil sublinhou ainda os esforços da autarquia em sensibilizar o Governo Regional, através das várias tutelas da Agricultura, para o investimento e modernização do festival sem comprometer a sua identidade tradicional. Nesse sentido, destacou a postura do atual secretário regional da Agricultura e Pescas, Nuno Maciel, elogiando a sua abertura ao diálogo e preocupação em ouvir as intenções da Câmara relativamente ao evento.

“Senhor secretário, por essa abertura, estou muito mais tranquilo que, apesar de vir da Calheta, sei que Santana vai ter um secretário nesta legislatura amigo deste concelho”, frisou.

A terminar, o edil reforçou a importância do folclore como guardião da identidade madeirense e portuguesa, deixando uma promessa: a Câmara Municipal de Santana irá reforçar o apoio ao festival já no próximo ano, tanto a nível logístico como financeiro. “É uma promessa que fica aqui para ser cumprida já no próximo ano”, assegurou.

“Folclore da Madeira está vivo”

Usou também da palavra Manuel João Ornelas, presidente da Casa do Povo de Santana, o qual relevou a importância do 24 Horas a Bailar, evento do qual faz parte há 38 anos. O responsável enalteceu a evolução dos grupos de folclore que têm passado pelo certame, sublinhando que o evento “não é só festa ou bailar”, mas também uma celebração das tradições e do modo de vida dos antepassados madeirenses.

“Santana acaba por ser, durante dois dias, a capital do folclore da ilha da Madeira”, disse.

Apesar das dificuldades sentidas nos últimos anos, nomeadamente a redução do orçamento da Casa do Povo — que sofreu um corte de “cerca de 35 mil euros” para os anos de 2024 e 2025, Manuel João Ornelas reconhece a dedicação e criatividade da equipa para manter vivo o espírito do festival.

“Felizmente, o folclore da Madeira está vivo, continua vivo e espero que continue em Santana”, vincou, alertando para a importância de não se olhar para eventos culturais apenas com uma lógica de retorno económico.

“A bússola já aponta o Norte do folclore para Santana há 40 anos”, rematou, referindo-se à longa tradição do festival como referência regional.

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