O Almirante Gouveia e Melo está de visita à Região, tendo já nesta tarde visitado a obra do novo hospital, em Santa Rita. O candidato à Presidência da República Portuguesa diz que gostou do que viu, mesmo reconhecendo que “foi muito rápido”, pelo que “vou tentar arranjar tempo, se houver oportunidade, para fazer uma visita mais memorizada”. Ainda assim, “fico contente por ver este avanço, não só para a população da Madeira, como para os próprios visitantes da Madeira, este hospital vai ter um grande impacto, certamente”
Gouveia e Melo concorda que a obra, de alguma forma, exprime aquilo que deve ser o bom entendimento entre a Região e a República. “Sim, porque o governo da República é o governo de todos, e todos são portugueses, incluindo os que estão cá. Portanto, nós devemos financiar infraestruturas no país inteiro. A Região também comparticipou, naturalmente, mas o País tem que investir fortemente nos arquipélagos, até pela insularidade e os problemas resultantes da insularidade”.
Pormenorizando esta questão dos investimentos, o candidato à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa diz que “os arquipélagos dão uma dimensão atlântica a Portugal, que é extraordinária, importantíssima em termos geostratégicos, geoeconómicos e geopolíticos. E nós não devemos desprezar essa dimensão”.
Neste contexto, novos investimentos da República na Região, são absolutamente normais. “Devemos olhar para os arquipélagos como uma continuidade do nosso território, que através de uma plataforma continental, pela primeira vez, se calhar vai ficar unido em termos do solo, e olhando dessa forma, os investimentos, naturalmente, não são investir numa região remota, mas é investir em Portugal. Isto é Portugal como qualquer outra região do país”.
Antes, Gouveia e Melo reunira já com Miguel Albuquerque, na Quinta Vigia, mas escusou-se a grandes considerações. “Eu não vou falar sobre conversas que tenho ou não tenho com o senhor presidente do Governo Regional. No entanto, posso lhe dizer que correu sempre muito bem, já o conheço há muitos anos, portanto, nas minhas funções anteriores, e decorreu bem, mas a visita é uma visita privada minha, enquanto candidato à presidência, e venho fazer esta visita para conhecer melhor a Região, falar sobre outros temas que antigamente não falava, enquanto era oficial de marinha, e perceber os problemas que as regiões têm. Estive agora nos Açores também, andei a visitar o interior do país, no sentido de potenciar o país como um todo, o país não são só duas ou três cidades, o país é um todo, é um todo que deve estar unido, e devemos potenciar esse todo, não só partes do país”, conforme reagiu.
Ressalvou, ainda, que “não peço apoio de ninguém em termos formais, nem apoio de instituições. Os apoios que terei ou não foram dos portugueses, e é esse que me interessa”, quando questionado se gostaria de ter o apoio de Albuquerque.