A Agência de Notícias de Activistas de Direitos Humanos (HRANA), organização não-governamental sediada nos Estados Unidos, estimou na sexta-feira o número de vítimas dos ataques israelitas ao Irão em pelo menos 657 mortos e mais de 2.000 feridos.
Citando notícias e as suas próprias fontes, a HRANA calcula que nos ataques iniciados há uma semana morreram pelo menos 263 civis, incluindo mais de 20 crianças, 164 militares e outras 230 pessoas de estatuto desconhecido, em todo o país.
Até sexta-feira, mais de 2.000 pessoas ficaram feridas nos bombardeamentos, acrescentou a organização de defesa dos direitos humanos, fundada no Irão em 2005 e posteriormente baseada nos Estados Unidos.
O último número oficial das autoridades iranianas, datado de 15 de junho, apontou para pelo menos 224 mortes, incluindo comandantes militares, cientistas nucleares e civis.
Israel estima, por seu lado, que os ataques iranianos já fizeram pelo menos 24 mortos e 1.217 feridos, 12 em estado grave.
A ofensiva sem precedentes foi lançada por Israel sob pretexto de impedir o Irão de adquirir armas nucleares.
Ao longo da última semana, foram atingidas centenas de instalações militares e nucleares e mortos os principais oficiais militares e cientistas nucleares do Irão.
A Casa Branca afirmou na quinta-feira que o Irão tem capacidade para montar uma bomba nuclear em “quinze dias” se o líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, der a ordem.
“Vamos ser muito claros: o Irão tem tudo o que precisa para construir uma arma nuclear. Tudo o que precisam é de uma decisão do líder supremo para o fazer, e demorariam quinze dias a completar a produção desta arma, que representaria uma ameaça existencial não só para Israel, mas também para os Estados Unidos e para o mundo inteiro”, declarou a porta-voz do executivo americano, Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa.
A responsável disse também que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai tomar uma decisão sobre uma eventual intervenção norte-americana no Irão “nas próximas duas semanas”.
“Dado que existe uma possibilidade substancial de potenciais negociações com o Irão num futuro próximo, tomarei a minha decisão sobre ir ou não para lá nas próximas duas semanas”, disse o líder norte-americano, numa declaração transmitida pela porta-voz presidencial.
Leavitt sublinhou que “ninguém deve ficar surpreendido” com a abordagem de Trump de que o Irão “não deve ter uma arma nuclear”, uma posição que tem defendido “não só como Presidente, mas também como cidadão”.