Presidente do parlamento venezuelano propõe que país abandone o TPI

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, propôs hoje que o país abandone o Tribunal Penal Internacional (TPI), organismo que investiga a Venezuela por eventuais crimes contra a humanidade durante protestos contra o regime de Maduro.

“Eu sonho com o dia e o minuto em que o nosso Presidente [da República] Nicolás Maduro, juntamente com todos os revolucionários da Venezuela, anuncie que vamos deixar o Tribunal Penal Internacional, que vamos deixar essas organizações mentirosas que não servem para defender os direitos humanos de ninguém”, disse.

Jorge Rodríguez falava no final de uma marcha em Caracas, convocada pelo regime para condenar os ataques de Israel contra o Irão e em apoio à resposta de Teerão, transmitida pela televisão estatal venezuelana VTV.

“É um dilema de toda a humanidade, que está dividida entre pessoas decentes, como os venezuelanos, que levantam a voz contra o criminoso de guerra, assassino, Benjamin Netanyahu [primeiro-ministro de Israel], os que o justificam e os que fazem vista grossa, os hipócritas que não se comovem com o assassinato de crianças, de médicos, de pessoas decentes e boas”, afirmou o presidente do Parlamento venezuelano.

Segundo o diário El Universal, durante a manifestação, Jorge Rodríguez, agradeceu a presença dos embaixadores da Palestina e do Irão e acusou Benjamin Netanyahu de ser “a expressão atual” de Adolfo Hitler.

A Venezuela, acrescentou o líder parlamentar, não pode ser “cúmplice de organismos internacionais que guardam silêncio, que não condenam o genocídio em Gaza e que apoiam tácita ou abertamente a conduta assassina das autoridades e forças belicistas de Israel”.

“A Venezuela só pode dizer que o sangue dos libertadores deste continente [América do Sul], pulsa nas veias de cada venezuelano e que o legado de Hugo Chávez, que corajosamente levantou a voz para dizer que Israel era genocida e que a entidade israelita é uma entidade assassina e criminosa, está nas nossas mentes e na nossa memória”, sublinhou Rodríguez.

Os diplomatas, garantiu finalmente o político, vão ver os venezuelanos nas ruas a defender o direito do Irão e da Palestina a serem livres.

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