O pedido de registo solicitado pelo Estado Islâmico da África, à Comissão Eleitoral Independente (IEC, sigla em inglês), levantou várias questões, vem provocando opiniões divergentes em debates acalorados e continua ainda por decidir sobre o destino do partido que tem de cumprir com quesitos legais e considerações necessárias para efetuar o registo.
A IEC confirmou a entrada do pedido, dizendo que o mesmo se encontra pendente e afirma ter recebido várias objeções, todavia, não deu indicações sobre essas objeções.
De notar que o líder do partido, Farhad Hoomer, foi acusado de terrorismo e identificado como líder de uma célula local, do Estado Islâmico (EI), tendo sido alvo de sanções por parte dos EUA, e é o requerente do registo do Estado Islâmico da África (EIA) para concorrer às eleições autárquicas da África do Sul que se realizarão em 2026.
Fathad Hoomer dissociou o partido do EI e de qualquer uma das suas organizações associadas em todo o mundo, alegando que o seu partido defende a elevação da comunidade, incluindo um plano para fornecer educação e assistência médica, água e moradia gratuitas para todos, entre outras coisas.
De salientar que Fathad Hoomer e outras 18 pessoas foram presas pelo ataque de 2018 à Mesquita Omam Hussain, em Verulam, a norte da cidade de Durban onde uma pessoa perdeu a vida, o mecânico Shaheed Abbas Essop, por ter sido esfaqueado na garganta e pelo esfaqueamento de outras duas pessoas que sobrevieram ao ataque.
Os malfeitores entraram na mesquita, “oraram”, e seguidamente levaram a cabo a sua abjeta ação assassina.
Foram também acusados de plantar dispositivos incendiários ao redor da daquela cidade de Durban, na província do Kwazulu-Natal.
Hoomer, e seus corréus foram absolvidos de todas as acusações, tendo manifestado a sua preocupação de que as suas contas bancárias, assim como as dos seus familiares, igualmente fechadas e que continuava a ser alvo da polícia e alegando não ter antecedentes criminais que justifiquem assédios pelas autoridades.
Masego Sheburi, da Comissão Eleitoral Independente, disse que a solicitação do partido estava em avaliação normal, assim como as objeções ao registo.
Por lei, na África do Sul, a Comissão Eleitoral Independente é obrigada a considerar todas as objeções, a expostas além de ter que analisar a legitimidade e autenticidade das assinaturas que acompanham o pedido de registo e outros requisitos legais.
A ONG, “Dear South Africa” esta coletando informações sobre o Estado Islâmico da África em resposta aos pedidos de comentários públicos formulados.