Um cidadão europeu identificado como espião foi detido no Irão, revelou hoje a agência de notícias iraniana Tasnim, no oitavo dia da guerra entre a República Islâmica e Israel.
“Um cidadão europeu que queria espiar zonas sensíveis do país” foi detido no sudoeste do Irão, referiu a Tasnim, sem especificar a sua nacionalidade ou a data da detenção.
“Tinha visitado o país como turista na altura do ataque brutal do regime sionista”, acrescentou a Tasnim, referindo-se aos ataques de Israel.
A agência de notícias Mehr citou esta informação como uma declaração da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica.
A Tasnim especificou que o serviço de informações da Guarda Revolucionária na província de Kohgiluyeh e Busheer Ahmad foram responsáveis pela detenção.
O Irão detém regularmente indivíduos que afirma serem espiões e, mesmo antes do início do conflito, acusou Israel de estar por detrás de assassinatos seletivos e sabotagens relacionadas com o seu programa nuclear.
Várias pessoas acusadas de espiar para Israel também foram executadas no Irão nas últimas semanas.
Desde o início da guerra, em 13 de junho, várias outras pessoas foram detidas no país.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
O Irão, que mantém presos vários cidadãos ocidentais ou com dupla nacionalidade, é acusado pelos seus defensores, apoiantes, organizações não-governamentais (ONG) e governos ocidentais de os utilizar como moeda de troca.
Pelo menos sete cidadãos franceses foram detidos simultaneamente no Irão nos últimos anos.
Dois permanecem detidos, Cécile Kohler e o seu companheiro Jacques Paris, presos durante uma viagem turística em 2022, acusados por Teerão de espionagem, acusação negada pela França.