O Clube de Ecologia Barbusano, da Escola Secundária de Francisco Franco, realizou uma saída de campo no dia 14 de junho, num percurso que se iniciou na freguesia do Arco de São Jorge e terminou na freguesia da Boaventura.
O trajeto efetuado correspondeu a um troço do antigo caminho real 23, que ligava toda a ilha pelo litoral. “Trata-se de um valioso património cultural que deve ser preservado e valorizado. A parte inicial do percurso foi feito ao longo da vereda da Entrosa, na arriba sobranceira ao mar”, destaca o estabelecimento de ensino, em comunicado.
“Nesta altura do ano este local é particularmente bonito, em virtude de muitas das plantas nativas se encontrarem em floração. A escarpa parece um jardim florido, destacando-se os tons amarelados dos ensaiões, das andríalas e das couves da rocha; Os esbranquiçados das estreleiras e das perpétuas; o rosado-púrpura dos goivos da rocha e o azulado dos massarocos. Ao longo da vereda é possível observar-se espécies arbóreas indígenas tais como, barbusanos, faias das ilhas e o raro marmulano. Infelizmente, em algumas áreas, observa-se a presença de incenseiros (Pittosporum undulatum), uma planta invasora problemática”, esclarece a escola.
Um pouco antes da chegada à Ribeira do Porco, o grupo fez um pequeno desvio, para observar mais de perto os ilhéus que se encontram junto à foz desta linha de água – o Ilhéu Preto e o Ilhéu Vermelho, rodeados de águas cristalinas.
A passagem sobre a Ribeira do Porco foi feita por uma ponte em arco redondo, construída em basalto. A margem esquerda desta linha de água apresenta uma invasão significativa de incenseiros, devendo merecer a atenção das autoridades. Em seguida, foi efetuada a subida ao longo da vereda empedrada, tendo a caminhada terminado junto ao fontanário, no sítio de São Cristóvão. O grupo de caminheiros só regressou ao Funchal após visitar a Feira das Sopas do Campo, evento organizado pela Casa do Povo da Boaventura.