Durante a sessão parlamentar de ontem, o ambiente político na Assembleia Legislativa da Madeira foi marcado por momentos de tensão que envolveram o secretário Eduardo Jesus aquando da discussão na especialidade do Orçamento da Região para 2025 no que se refere à pasta de Turismo e Cultura.
O governante referiu-se, de forma imprópria – cuja linguagem, por uma questão de decoro, não reproduziremos nesta página – a quatro deputados da oposição. Duas deputadas socialistas e um deputado do JPP.
In loco, os impropérios passaram despercebidos, mas ficaram audíveis na televisão e tornaram-se virais nas redes sociais.
Uma das lesadas, Sancha Campanella (PS), recorreu esta tarde à sua página de Facebook para repudiar o ataque de que foi alvo e que diz ser “violento e inaceitável” proferido por um membro do Governo Regional.
A deputada Sílvia Silva, também do PS, foi referida numa expressão pouco elogiosa que, segundo a publicação, “é tão reveladora quanto vergonhosa” do ambiente que se viveu na sala.
“Estas palavras não são apenas um insulto pessoal — são uma agressão ao Parlamento, à democracia e à dignidade de todos os madeirenses que aqui elegeram os seus representantes”, afirmou a socialista.
As deputadas reforçam que não estão no Parlamento “para ser silenciadas, nem para ser humilhadas”, e apelam a que a Assembleia Legislativa da Madeira cumpra o seu papel institucional de garantir o respeito mútuo entre todos os eleitos, “mesmo — ou sobretudo — entre adversários políticos”.