SRE e UMa “com tudo preparado” para dar formação pedagógica a professores sem habilitação para a docência

Na continuidade da discussão da proposta de Orçamento Regional, no que à Educação, Ciência e Tecnologia diz respeito, Manuela Gonçalves do Chega, confrontou o secretário regional sobre a indisciplina nas escolas e abandono escolar precoce, defendendo mais medidas disciplinares, para combater algum facilitismo nas escolas.

O secretário regional de Educação reagiu, criticando “a falta de consideração para os profissionais, para as famílias e empenho diário dos alunos”, recordando os resultados mais recentes do PISA, em que os alunos madeirenses se destacaram numa análise a nível internacional.

Já a socialista Isabel Garcês quis saber sobre medidas para o ensino privado, para combater o envelhecimento da classe docente, e mais formação de docentes. Jorge Carvalho recordou as estratégias do governo para a Região, sem deixar de fazer nota que o eleitorado relegou o PS para terceira força política.

Também o deputado do PSD Valter Correia fez uso da palavra para defender as medidas que o governo regional tem implementado na Região em benefício dos alunos e das famílias. “Estamos perante um bom orçamento”, afirmou, enaltecendo que há mais investimento por aluno na Madeira.

O deputado Carlos Silva, do JPP, expressou que há falta de professores em vários agrupamentos, como analisou nos dados ontem divulgados ao nível do número de docentes candidatos ao concurso regional, para além do conhecimento que tem das escolas.

O secretário regional refutou essa análise, lembrando que há candidatos para todos os agrupamentos, que a Região tem 400 professores destacados, haverá menos mil alunos nas escolas no próximo ano letivo. “Relativamente à gestão do corpo docente, sabemos do que estamos a falar”, garantiu Jorge Carvalho.

Tema abordado também pela oposição tem a ver com a formação de professor. O governante lembrou que a responsabilidade de abrir cursos para a docência é do Estado, mas recordou que, em parceria com a Universidade da Madeira, “temos tudo preparado para que a UMa possa proporcionar condições de formação pedagógica a professores que neste momento que têm apenas habilitação superior”.

Sara Madalena, do CDS, questionou o secretário da tutela sobre a posição do executivo relativamente à possibilidade de docentes do continente concorrerem à Madeira para situações de substituição por doença. Essa é uma matéria do foro constitucional, respondeu Jorge Carvalho, que não tem reservas sobre essa questão.

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