Francisco Gomes, deputado do Chega eleito à Assembleia da República, manifestou-se hoje “profundamente alarmado” com os resultados de um estudo da Unidade de Investigação do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia.
Em comunicado enviado ao JM, o deputadado destaca que “o estudo revela que 90% dos divórcios registados entre agentes têm origem nas exigências da profissão e que a esmagadora maioria dos polícias não quer que os filhos sigam a sua carreira. Para além disso, aponta que 95% dos inquiridos afirmam que a profissão os impede de acompanhar a vida escolar dos filhos, devido a aspetos como horários desregulados e a sobrecarga de trabalho”.
Desse estudo, Francisco Gomes realça também “que muitos agentes, mesmo em dias de folga, não conseguem regressar a casa por falta de meios financeiros” e que “o número de 107 suicídios registados entre 2010 e 2024, o que representa uma taxa três vezes superior à média nacional”.
“Estamos perante uma catástrofe social silenciosa. Onde estão os agentes da PSP e da GNR, está Portugal. Se lhes viramos as costas, viramos as costas ao próprio país”, considera o deputado madeirense.
Na opinião do parlamentar do Chega, os dados revelados pelo estudo da Unidade de Investigação são um “grito de socorro das forças de segurança” e impõem medidas, como “a revisão imediata das escalas, o reforço efetivo dos efetivos, o fim do incitamento ao ódio contra os agentes, bem como a criação de um programa nacional permanente de apoio psicológico e familiar”.
Francisco Gomes considera “inaceitável que agentes ao serviço do país vivam longe das famílias, muitas vezes em condições indignas, sem qualquer compensação adequada, situação que agrava a instabilidade emocional e destrói os laços familiares”.