Confiança acusa executivo PSD/CDS de arrastar o Funchal para a “degradação progressiva”

Os vereadores da Confiança voltaram a levantar, em reunião do executivo camarário, um conjunto de problemas reportados por munícipes, criticando a falta de resposta por parte da maioria PSD/CDS, que acusam de manter uma postura de “evidente desinteresse”, arrastando o Funchal para um “estado de degradação progressiva.”

Entre os exemplos apontados estão o estacionamento abusivo por toda a cidade, a ocupação indevida da via pública por oficinas ilegais na periferia, veículos abandonados a decomporem-se nas ruas, a ausência de fiscalização de construções ilegais e a “densidade de esplanadas que proliferam nas artérias do centro dificultando a circulação”. A isto somam-se denúncias de incumprimento nas atividades turísticas, como acampamentos ilegais em espaço público e vandalismo de mobiliário urbano.

A Confiança aponta ainda o agravamento da insegurança em várias zonas da cidade, o caos no trânsito, a demora nas respostas aos pedidos de licenciamento urbanístico e a incapacidade do executivo em garantir uma cidade funcional, “apesar do recorde de cobrança de impostos municipais”.

No plano da segurança urbana, os vereadores lamentam a “vergonhosa inação do atual executivo”, sublinhando que “em quatro anos não foram capazes de implementar o sistema de videovigilância”, protocolado com o Ministério da Administração Interna em 2020, no mandato anterior. Em causa está também a alegada ausência de vontade para avançar com propostas da Confiança, como a criação da Polícia Municipal ou a implementação dos Contratos Locais de Segurança.

“O Funchal perdeu quatro anos. Não há como disfarçar o fracasso deste mandato. Os problemas agravaram-se, as promessas caíram no esquecimento, os recursos são esbanjados em festas e propaganda e o resultado é uma cidade menos funcional, mais insegura e cada vez mais desgovernada”, afirma Miguel Silva Gouveia, vereador da Confiança.

“O mais grave é o desprezo pelas soluções que já estavam desenhadas e prontas a avançar. A Polícia Municipal podia estar no terreno a fiscalizar, a ordenar o espaço público e a reforçar a segurança de proximidade. Os Contratos Locais de Segurança podiam estar a funcionar, numa articulação entre o Estado, a Câmara e a comunidade para reduzir vulnerabilidades e prevenir a criminalidade. Mas tudo ficou na gaveta por teimosia, inércia política e incompetência”, acrescenta.

Para os vereadores da Confiança, a governação municipal tem sido marcada por “propaganda e ausência de ação”, resultando num “mandato perdido” e numa cidade “à deriva”.

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