O padre António Estêvão profere a homilia da missa solene, esta tarde, percorrendo os milagres de Santo António, perante uma igreja repleta de fiéis.
O sacerdote começa por explicar que a profecia no sentido cristão “faz-nos ler o interior”. Santo António “obriga-nos a entrar na nossa vida atual”.
A sua vida obriga-nos a “olhar para o nosso interior e a refletir”, frisa.
No mesmo contexto, o sacerdote dá conta de que “os milagres de Santo António podem nos ajudar e ver a profundidade da nossa vida, a refletir sobre como andamos “.
O sacerdote, que atualmente vive em Itália , conta alguns milagres de Santo António, e questiona a assembleia tendo como ponto de partida os milagres. Se estes não seriam importantes para mudarmos o”rumo da nossa vida”.
Um dos dramas mais profundos da sociedade: são as feridas familiares. O padre que é Reitor do Colégio Português em Roma, conta o milagre de um pai que tem dúvidas se é o verdadeiro progenitor do filho, porque a criança tinha cabelo diferente. Santo António pegue na criança e pergunta-lhe: “Quem é o teu pai? E a criança aponta para o homem e diz: é aquele.
“Deixe-me-nos tocar pela gramática da profecia”, desafia o sacerdote.
Noutro milagre, uma mulher procura Santo António porque tinha a filha morta e pede a para trazê-la à vida e promete que o peso da filha seria a quantidade de pão que oferecia, este é o milagre da caridade, do amor, explica o padre António Estêvão.
Noutra passagem da homilia, o sacerdote coloca novamente uma questão: “Podemos dizer que somos devotos se Ele – Santo António – não nos faz rezar?”. Se não falas com a tua irmã ou com o teu irmão por causa de dinheiro, “de que vale seres devoto?”
Que este jubileu “nos faça aproximar do evangelho”, destaca o padre Estêvão.
“Peçamos a Santo António que nos faça ser protagonistas e não espectadores desta vida”, finaliza.
No final da celebração eucarística, ocorre a procissão pelas ruas da freguesia, este ano, com a imagem grande, por causa do Jubileu 2025. De referir que esta imagem pesa cerca de 300 quilos e é transportada por 18 homens.
Após a procissão, ocorre a tradicional benção do pão que será distribuído pelo presentes.
A missa é presidida pelo Pároco Carlos e concelebrada pelos padres Óscar e André Pinheiro.