Óbito de Martins Júnior: BE diz que se tratou de uma “figura incontornável da vida pública madeirense”

O Bloco de Esquerda Madeira manifestou hoje o seu profundo pesar pelo falecimento do padre Martins Júnior, “figura incontornável da vida pública madeirense”, cuja ação ultrapassou largamente os limites da pastoral religiosa.

Em nota de pesar, o BE afirma que “o padre Martins foi, ao longo das décadas, um exemplo de coragem cívica e de compromisso com a liberdade. A sua voz, firme e incómoda para os poderes instituídos, ergueu-se sempre em defesa dos madeirenses e contra todas as formas de opressão”.

“Num arquipélago onde o silêncio muitas vezes se impôs como regra, o padre Martins escolheu a palavra livre como forma de resistência e solidariedade”, acrescenta.

Para o partido, que surgiu na Madeira da união de forças políticas como a UDP, onde Martins Júnior militou, o sacerdote “foi um nome marcante na construção de uma consciência social crítica e atenta na Madeira, intervindo com lucidez em debates públicos e nunca se deixando domesticar pelas conveniências políticas ou institucionais. O seu legado é também político, no sentido mais nobre do termo: o da intervenção consequente e ética na vida de todos os madeirenses”.

A finalizar o comunicado, o Bloco de Esquerda Madeira “presta homenagem à sua memória e transmite sentidas condolências à sua família, amigos e a todos os que, como nós, com ele, partilharam lutas por um mundo mais justo e solidário”.

“Que o exemplo do padre Martins continue a inspirar quem, na Madeira e fora dela, se recusa a desistir da dignidade, da justiça e da liberdade”, remata a nota de pesar, assinada pela coordenadora Dina Letra.

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