O primeiro-ministro apontou o crescimento dos populismos e extremismos como “um dos mais sérios desafios” que Portugal e a União Europeia enfrentam, considerando-os que são “uma ameaça direta” às instituições democráticas.
Luís Montenegro discursava na cerimónia do 40.º aniversário da adesão de Portugal às Comunidades Europeias, que decorre no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e que conta com intervenções do Presidente da República, presidente do Conselho Europeu, António Costa, e do antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso.
O primeiro-ministro admitiu que o país “nem sempre aproveitou devidamente” as oportunidades ao longo destes 40 anos e apontou outros problemas estruturais como “os desafios demográficos, as assimetrias territoriais, os desafios da habitação, da competitividade da economia e da valorização dos rendimentos”.
“São questões que exigem coragem política, visão estratégica e, sobretudo, um compromisso renovado com o aprofundamento e fortalecimento do projeto europeu”, disse.
No entanto, deixou um especial alerta sobre os populismos e extremismos, 51 anos depois 25 de abril e 40 anos após a adesão ao espaço europeu.
“Um dos mais sérios desafios que hoje enfrentamos é o crescimento de populismos e extremismos – uma ameaça direta ao funcionamento das nossas Instituições democráticas e à coesão das nossas sociedades”, disse.
Montenegro defendeu que, para o futuro, os cidadãos exigem “uma Europa aberta, mas segura, que responda aos desafios internos e externos de um mundo em profunda mudança”, com uma nova crítica aos projetos demagógicos.
“Uma Europa unida, sem espaço para o populismo, os extremismos e a demagogia que nos tenta dividir e instrumentalizar. A celebração destes 40 anos é uma homenagem aos que sonharam com esta Europa unida”, disse.