A presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol recorreu hoje à “magistratura de influência” do representante da República para convencer o Governo da República a avançar para a construção da nova esquadra da PSP na Ponta do Sol.
“Nós viemos aqui pedir os bons ofícios do senhor representante da República, no sentido de interceder junto do Governo da República, chamando a atenção para a situação da esquadra da PSP da Ponta do Sol”, afirmou Célia Pessegueiro, à saída do encontro com Ireneu Barreto, no Palácio de São Lourenço.
Pessegueiro disse que o município já fez “tudo o que era possível” para que o processo fosse resolvido, mas “não sendo uma obra da Câmara Municipal, não podendo ser a Câmara Municipal a alocar verbas para uma obra que não lhe pertence, a única coisa que [pode] fazer é esta insistência”.
Apesar de não ser responsabilidade das câmaras, o município “chegou-se à frente desde o primeiro momento, tentando ajudar a encontrar soluções para uma nova esquadra” no concelho.
Neste sentido, disponibilizou um edifício municipal para servir de situação “provisória”, mesmo não tendo “as condições adequadas para funcionar”. Ao mesmo tempo, deu “todos os passos que eram possíveis dar”, do ponto de vista municipal, para uma solução definitiva, nomeadamente, com “a elaboração do projeto, que está aprovado, e o lançamento do concurso, que nós fizemos”.
Porém, as eleições antecipadas atrasaram um processo que já caminhava vagarosamente. A demora em resolver adensou o problema do subfinanciamento da obra e, agora, “o valor da assinatura do contrato interadministrativo não é suficiente para lançar aquela obra”.
Por isso, “o valor da empreitada tem de ser revisto” novamente. Se antes, em 2024, o concurso ficou deserto, hoje, com o aumento dos preços na construção, ainda mais difícil se torna encontrar quem queira fazer a esquadra.
Há já uma verba de dois milhões garantida pelo contrato, mas a estimativa do município é que o custo chegue aos 2,6 milhões de euros.
“A solução, neste momento, é essencialmente política. É acrescentar verba àquela que foi disponibilizada”, no contrato interadministrativo assinado com o Ministério da Administração Interna na Câmara da Ponta do Sol. “Só precisamos que seja revista e reforçada para haver condições para o lançamento do concurso público”, insistiu.
Célia Pessegueiro promete não desistir da esquadra, “até porque obviamente interessa que aquele serviço se mantenha ali próximo da população”.
A autarca pediu hoje ajuda ao representante da República, mas também está a trabalhar em outras frentes. “Vamos insistir, esta quarta-feira, enviando um ofício [ao Ministério da Administração Interna], pedindo uma reunião presencial sobre este assunto”, anunciou.