Implosão previsível

Era expetável assistirmos a um quase total desmantelamento da nossa agora terceira força política muito se ficando a dever ao seu líder que semeou divisionismos a nível partidário e não só e por ter ignorado aquilo que mais interessava às pessoas e ao país, ou seja, ao invés de focar no desenvolvimento socioeconómico, progresso e prosperidade, uma condição necessária para alcançar melhores resultados, não o fez, foi sim imoderado no “massacrar” do seu principal oponente, provocando que os seus apoiantes partidários em conjunto com outros cidadãos, consumassem a implosão constatada que se traduziu na maior derrota de sempre do seu partido permitindo a ascensão de um partido da direita.

Os formuladores de políticas têm uma capacidade apalermada em ignorar evidências empíricas que desafiam as suas escolhas políticas quando impulsionadas pela sua ideologia são tangentes ao cúmulo da insanidade de insistir em fazer a mesma coisa, repetidamente, esperando por um resultado diferente.

Uma elaborada e “democrática” atmosfera visceral de dúvidas, ameaças, intrigas e ódios em torno de outra formação política agora considerada a segunda força política, resultou, numa previsível perda de votos e apoios que beneficiaram grandemente o partido da direita, com a agravante de ter olvidado o direito à concorrência política, à elegibilidade e com a sua visão eleitoralista, meramente arrogante e agressiva que não fez jus à democracia e certamente nada apresentou para resolução de problemas cada vez mais complexos da sociedade portuguesa incluindo a diáspora.

A coligação AD que acaba de formar Governo tem de superar a integridade e não poderá proteger corruptores e corruptos como aconteceu com governos do passado porque senão arrepender-se-á e terá de se compenetrar que os representantes públicos devem temer e respeitar o eleitor e, que é chegado o momento certo para responsabilizar os elementos prevaricadores da classe política e não só, pondo termo de uma vez para sempre a esta motarse em que se tem vivido e que afetou negativamente o dia a dia e o bem estar dos portugueses e o progresso do país.

É de importância vital que este mandato que em breve será iniciado seja dotado de todos os meios ao seu alcance para uma ação eficaz da prevenção e combate a esse flagelo social que é a corrupção que atormenta, entristece e conturba a sociedade portuguesa.

Seria de bom timbre a divulgação da metrificação das estratégias e resultados obtidos da governação paro seio da diáspora cada vez mais com um défice de informação.

Que o novo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas dê continuidade aos progressos feitos em tempos mais recentes e especialmente não olvidar a situação calamitosa da ligação aérea Lisboa-Joanesburgo-Lisboa, que obriga os portugueses a fazer escala em países terceiros para conseguirem chegar a Portugal em viagens morosas e dispendiosas.

Não sejam descuradas e atribuídas aos consulados-gerais na África do Sul verbas para apoio psicológico às vítimas da violência criminal e também apoios às ONGs que na diáspora substituem o Estado.

Que o novo governo pugne por um descomplexado e abreviado processo de concessão das equivalências de diplomas estrangeiros em Portugal com pedidos corretamente instruídos, assim como a verificação de suas compatibilidades com o sistema do ensino superior português de forma a evitar demoras desnecessárias que prejudicam tremendamente os requerentes.

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