Aquele 18 de maio de 2025 será para sempre recordado como mais “um momento histórico” e inédito na ainda breve vida do Juntos Pelo Povo (JPP). Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, um partido com sede nacional na Madeira, fora do círculo centralista lisboeta, elegeu um deputado à Assembleia da República.
Filipe Sousa, cofundador do movimento cívico que foi o berço de nascença do JPP, antigo presidente da Junta de Freguesia de Gaula e durante 12 anos presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, a segunda maior autarquia da Região, é o rosto que, a partir de agora e no Parlamento nacional, representa a expansão territorial do JPP para fora do espaço geográfico insular.
Haverá quem legitimamente acredite tratar-se de “um feito natural”. O JPP vinha de um outro “momento histórico” quando reforçou o grupo parlamentar de nove para onze deputados nas eleições regionais de 23 de março de 2025. Obteve mais de 30 mil votos. Tornou-se no segundo maior partido da Madeira e líder da oposição na Assembleia Legislativa Regional (ALRAM).
Não existem “momentos históricos” se não houver dedicação, trabalho e humildade. No JPP todos os dias trabalhamos com a mesma intensidade de sempre. O mesmo sentido de comunidade. O mesmo compromisso para resolver os problemas do dia-a-dia das pessoas, das famílias, dos jovens, dos idosos. A mesma coragem para fiscalizar, como nenhum outro partido, as ações governativas e as decisões políticas com repercussões no coletivo.
Somos gratos ao tributo que a população presta ao JPP, a cada eleição. Sabemos o que fazer para não defraudar a confiança recebida. Sempre que subimos mais um degrau, sentimos que a responsabilidade é maior. Não nos deixamos embevecer pelo poder. A política regional tem muito a ganhar se alguns dos seus intérpretes substituírem o trivial pela substância, a fraude pela integridade, a sobranceria pela decência, a quantidade pela qualidade, a realidade inventada pela realidade concreta.
A chegada do JPP ao Parlamento nacional não é obra do acaso. É o reconhecimento da população no trabalho sério e empenhado na defesa dos legítimos interesses dos madeirenses e porto-santenses. É a legitimação democrática, nas urnas, da linha política programática e orientadora do JPP.
A denúncia dos interesses monopolistas que encarecem o custo de vida. Dos salários baixos. Do fardo da carga fiscal. Da falta de transparência na administração pública. Da opacidade entre política e negócios. Da privação dos jovens, da classe trabalhadora e da classe média do arrendamento ou compra de casa. Da lentidão na saúde. Do aumento do tempo de espera para exames, consultas e cirurgias. Do exorbitante custo com a mobilidade aérea. Do adiamento constante da linha marítima ferry.
O que para uns pode parecer apenas “sorte”, para quem está por dentro é o resultado de trabalhos a dobrar. “O essencial é invisível aos olhos” – ensina-nos a obra “O Pequeno Príncipe”. No JPP fugimos da superficialidade e entramos na realidade nua e crua. Privilegiamos o humanismo, o sentido de comunidade e proximidade. É isso que nos permite compreender melhor os problemas e as privações das pessoas e das famílias. Procuramos responder sempre com racionalidade e justiça. Mas, muitas vezes, conscientes de que “somente o coração nos permite ver com clareza”.
É nisto que o JPP se distingue dos outros partidos. É por isto que o JPP está onde está!