Barco humanitário com 12 ativistas a bordo, incluindo Greta Thunberg, aproxima-se de Gaza

O ‘Madleen’, um veleiro da Coligação da Frota pela Liberdade, partiu no domingo passado da Sicília (Itália) em direção a Gaza para levar ajuda humanitária e “quebrar o bloqueio israelita” imposto ao território palestiniano ameaçado pela fome, segundo a ONU.

Um navio humanitário com 12 ativistas a bordo, incluindo a sueca Greta Thunberg, chegou à costa egípcia e aproxima-se agora da Faixa de Gaza, devastada pela guerra e sitiada por Israel, anunciaram hoje os organizadores da iniciativa.

O ‘Madleen’, um veleiro da Coligação da Frota pela Liberdade, partiu no domingo passado da Sicília (Itália) em direção a Gaza para levar ajuda humanitária e “quebrar o bloqueio israelita” imposto ao território palestiniano ameaçado pela fome, segundo a ONU.

“Estamos atualmente a navegar ao largo da costa egípcia. Está tudo bem”, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) a ativista alemã dos direitos humanos Yasemin Acar.

Num comunicado divulgado hoje a partir de Londres, o Comité Internacional para Quebrar o Cerco a Gaza – organização membro da Coligação da Frota pela Liberdade – informou que o navio entrou nas águas do Egito, vizinho da Faixa de Gaza.

No documento é indicado que os tripulantes estão em contacto com as instâncias jurídicas internacionais para garantir a segurança das pessoas a bordo, alertando que qualquer interceção constituiria “uma violação flagrante do direito internacional humanitário”.

A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes levado a cabo a 07 de outubro de 2023 por comandos do movimento islâmico palestiniano Hamas infiltrados a partir da Faixa de Gaza, vizinha do sul de Israel. O ataque provocou, segundo Israel, mais de 1.200 mortes e o sequestro de cerca de 250 pessoas.

Israel lançou uma ofensiva de retaliação destrutiva em Gaza, que mantém sitiada desde o início da guerra, com o objetivo declarado de assumir o controlo do território, destruir o Hamas e forçá-lo a libertar os reféns sequestrados no dia do ataque e levados para Gaza.

A retaliação israelita já provocou quase 55.000 mortos, na maioria civis.

Na quinta-feira, o barco humanitário desviou-se da rota para resgatar quatro migrantes sudaneses no mar. O veleiro encontrava-se então no mar Mediterrâneo, a sul da Grécia e a norte da Líbia e do Egito.

Além de Greta Thunberg, a eurodeputada franco-palestiniana Rima Hassan também está a bordo do navio.

A Coligação da Frota pela Liberdade, fundada em 2010, é um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinianos, com uma dimensão humanitária e de defesa política contra o bloqueio de Gaza.

O ‘Madleen’ transporta sumos de fruta, leite, arroz, conservas e barras proteicas oferecidas por centenas de cidadãos de Catânia, Itália, escreveu o jornalista Andrea Legni, que embarcou no navio.

No início de maio, um navio com o qual a Coligação da Frota pela Liberdade esperava recolher simpatizantes – entre eles Greta Thunberg – em Malta, para depois seguir para Gaza, foi danificado.

Os ativistas disseram suspeitar de um ataque de ‘drones’ israelitas.

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