Neste ano em que celebramos o Sínodo do Jubileu da Esperança, iniciado pelo falecido Papa Francisco, ele queria visitar também Niceia, o primeiro Sínodo realizado na Bitínia, junto de Constantinopla, para tratar de um profundo problema teológico, e a data da celebração pascal.
Desta forma Niceia é um acontecimento muito importante da história do cristianismo e universal.
As igrejas cristãs estavam muito divididas acerca da natureza de Cristo que deram ocasião e ameaçaram a unidade realizadas pelas vitórias militares, principalmente nas províncias orientais do império, no Egito, em Alexandria, onde Ario grande orador
e biblista se opunha a que o Filho fosse igual ao Pai, desde toda a eternidade. O Bispo Alexandre de Alexandria defendia o dogma que o Filho era igual ao Pai e gerado desde toda a eternidade.
Para além disto havia igrejas que se opunham à data da Páscoa.
O Imperador cristão, Constantino, preparou a cidade de Niceia com muros fortes e robustos, para evitar ataques que ainda hoje causam admiração, para receber os bispos ali reunidos, além dos vindos de toda a cristandade, cujo número variam visto
não se encontrar nas Atas.
O historiador Eusébio de Cesareia, preocupa-se mais em descrever a humildade do Imperador na Vida de Constantino, como mediador e paciente. Uma notícia relata
que se trata de 318 santos Padres. Uma outra nota fala de 270.
Da igreja de Roma e do Papa Júlio I, referem que eram cerca de 300 bispos.
Rufino de Aquileia, no princípio do século V, alude à presença de Ario, que foi apoiado por Eusébio de Nicomédia. A doutrina foi discutida e gerou-se uma grande oposição.
Ario e Eusébio de Nicomédia atacaram principalmente o uso da palavra “homoousios” da mesma essência, em grego, mas os outros afirmavam que isso não era legítimo para fundar a profissão de fé.
Santo Ambrósio, bispo de Milão, mais tarde era da mesma opinião, recusa usar o mesmo termo.
O imperador Constantino chegou a um acordo sobre a profissão de fé e a data da Páscoa.
Dos outros participantes apenas três não assinaram a profissão de fé, talvez que algum teve medo de ser exilado. Quanto à data da Páscoa, as igrejas orientais preferiram seguir as datas dos judeus, que neste ano coincidiram.
O Novo Papa Leão XIV, já anunciou visitar Niceia este ano.
O Papa Silvestre foi representado por dois padres Vitus e Vincentius.
O único bispo ocidental foi Óssio de Córdova, amigo e conselheiro do imperador Constantino. Niceia é Consílio oriental.
Niceia, 325 trata de dados fundamentais, pela profissão de fé, são temas fundamentais
Da minha parte, nas diversas visitas à Turquia, já alegrei-me com a simpática cidade que vendia a púrpura de ótima qualidade mais barata do oriente.
De Niceia (Iznik) que conserva ainda uma Basílica que nos recorda a fé cristã, num país agora muçulmano, embora aberto a todos os povos.
O Concílio de Niceia foi completado pelo de Constantinopla em 381. Quanto ao Concilio de Niceia, ele termina com uma afirmação sobre o Espírito Santo, mas não sobre a Igreja, em causa estava Ario. Constantino é uma das grandes figuras da Igreja, ele transforma o império romano em império cristão. Ele é também figura importante na questão da data da Páscoa que era uma ferida de divisões, que até hoje não foi resolvida entre as diversas igrejas. Foi a sua preocupação para manter a unidade da Igreja que ele quis o Concílio de Niceia. Ele acolhe pessoalmente todos os bispos, encarrega-se das viagens, ele tem consciência do perigo das divisões, procura a reintegração de Ario, opondo-se aos bispos mais exigentes como Atanásio.
Apesar disso ele só pede o batismo no leito de morte.
Eusébio de Cesareia é uma das grandes figuras do seu tempo com a sua História Eclesiástica. Ao tornar-se bispo coloca-se do lado de Origenes de Alexandria sem receber todas as perspetivas de Ario.