Funchal? Sempre pra frente

Depois do Almirante na reserva, chegou a minha vez. Pois é! Se um fulano, cuja carreira teve como pontos altos a tentativa de garantir que toda a população fosse inoculada com uma vacina que ninguém fazia ideia dos riscos/benefícios ou repreender publicamente militares que não cumpriram uma missão num barco reconhecidamente degradado, se acha a pessoa certa para “unir Portugal”… Eu, que também não fiz nada de jeito, também posso sonhar em “ajuntar o Funchal”. É, pois, hora de eu descruzar os braços e meter as mãos nos bolsos. De sair da zona de desconforto. De parar de criticar e fazer ainda pior. Sim, eu também vou ser candidato. Vou e acabou! Mas, ao invés de ser para a Presidência da República (uma coisa de cada vez), vou antes concorrer à Câmara Municipal do Funchal. Como? Vou como independente, porquê? Não posso? Qual é o problema? Já tenho vice e tudo. Será, ao que quase tudo indica, a Élia de Santa Cruz. Era JPP. E assim continuará a ser… Só que desta vez é Juntos Pelo Pedro. Siga! Número 3 será o Hélder da Ribeira Brava. Entre ser 2.º nos viscondes e 3.º na capital, venha o diabo e escolha.

Como 4, só não vai o Leonel de Câmara de Lobos porque já o “alojaram” no IHM… Senão era certinho. Mas se não vai um, vai outro. Avança então o Guido de São Vicente. Sim, aquele que julgou que ia ter voz activa na escolha do cabeça de lista vicentino, mas, a páginas tantas, apercebeu-se que este já estava “eleito” e ninguém lhe tinha perguntado nada… Coitado. Isso não se faz. Mas pronto, este é dos meus. É daqueles que a opinião vale tanto que até de borla é cara e ninguém quer saber dela. Enfim.

Quanto aos restantes elementos da lista, logo se vê. A ideia vai ser trazer gente nova. Séria. Sem vícios. Sei lá, um Rui Abreu. Um Prada. Não sei. Na pior das hipóteses vou buscar um dermatologista ao Santa Maria. Dizem que trabalha bem. E aos sábados. Não faço ideia. Isto sou só eu a pensar alto…

Bem, alto, mas focado já no presente. É que, uma vez aqui apresentada a minha candidatura, a ideia é começar já a reunir com os demais candidatos. Debater ideias. Discutir pontos de vista. No fundo, procurar o melhor para os munícipes. E vou começar, já esta semana, por me sentar à mesa com o candidato da coligação PSD-CDS. Eu proponho o local e ele a data. Mais democrático não pode ser. Reparem: Dr José Luís, se me estiver a ler, peço que veja o dia que lhe dá mais jeito para almoçar comigo em sua casa. O assunto é do interesse de ambos. Fico a aguardar notícias suas. Despeço-me com elevada estima e consideração.

Pronto. Quem mais temos? Professor Rui Caetano? Pois bem. Logo a seguir ao pediatra dos meus filhos, reunirei (se assim o senhor entender) com o candidato do PS. Junto o inútil ao desagradável. É que o meu filho já me anda a pedir para eu o levar a lanchar há algum tempo. “Um dia pensamos nisso”, digo-lhe eu vezes sem conta. Pode ser que seja desta. Levo os 2 Caetanos pela mão. Aposto que, apesar do meu ser mais corpulento, vão dar-se muito bem. Vamos, ou à Quinta Magnólia, ou ao Jardim Panorâmico. O professor gosta mais de rapel ou de trampolins? Escolha você. Pelo meu é indiferente. A sério. Ele tanto salta como desliza. Não é esquisito.

Esquisito, esquisito é o facto dos verdes ainda não terem apresentado oficialmente o seu candidato! Das duas uma. Ou não estão bem certos e podem sempre vir comigo (se a minha número 2 aceitar, obviamente, que isto não é como o CDS e o PSD que fazem coligação ou vão sozinhos onde apenas os primeiros querem e lhes apetece). Ou então estão à espera dos resultados da sondagem para verem quem é o mais “querido” e poderem escolher, quiçá, o 3.º da lista. Ou o que o Élvio escolher, que é mais ou menos a mesma coisa, não é? Afinal de contas o partido é dele… E quem não estiver satisfeito, tem bom remédio. Cria um novo e faz-se à vida.

Ps, palavra de apreço para a senhora que, em 2022, foi a um hotel onde uma clínica de estética promovia sessões de tratamento de rejuvenescimento facial. Com vista a ficar com uma carinha laroca, aceitou pagar 7 mil euros de forma faseada. A única diferença que notou, segundo a própria, foi precisamente na carteira. Ficou mais leve! Ao contrário da fronha, claro. Essa continuou exactamente igual. E assim vai continuar… Pelo menos até lhe calhar um médico a sério e não um informático de gestão, como foi o caso. Mas vá. Pense positivo. Podia sempre ter corrido pior. Não ter ficado com as fuças em formato Excel, já foi um milagre. Força. Vai correr tudo bem.

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