Ucrânia: Rússia reivindica ocupação de 13 localidades na última semana

Entretanto, em Moscovo, cartazes apelam ao alistamento de soldados para a chamada “operação militar especial”.

O Ministério da Defesa russo indicou hoje que as suas forças capturaram 13 localidades ucranianas na última semana, quatro delas na região nordeste de Sumy, onde Moscovo pretende criar uma “zona de segurança” na fronteira com a Ucrânia.

“Durante a semana, unidades do grupo militar Sever (norte) libertaram as localidades de Loknya, Vladimirivka, Bilovody e Konstantinivka na região de Sumy”, indicou o comando russo no seu relatório semanal de guerra.

Por sua vez, o grupo militar Zapad (oeste) capturou Stroevka e Kondrashivka, em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.

A conquista desta última, localizada a cinco quilómetros a norte da cidade de Kupyansk, ocupada pela Rússia no início da guerra e recuperada pela Ucrânia em setembro de 2022, foi hoje anunciada.

Na plataforma Telegram, o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, felicitou os soldados do 121.º Regimento Motorizado do Exército Russo pela captura deste aglomerado.

“Os soldados do regimento, numa demonstração de coragem e sacrifício, estão a combater com sucesso no setor de Kupyansk. Graças às suas ações profissionais e decisivas, o inimigo sofreu perdas consideráveis e fugiu”, acrescentou.

Estes avanços das tropas russas surgem depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado na semana passada que o Exército pretende criar uma “zona de segurança” na fronteira com a Ucrânia, que incluiria território nas regiões de Sumy e Kharkiv, no norte da Ucrânia.

Na região de Donetsk, no leste do país, as unidades do Grupo do Sul ocuparam as localidades de Stupochki, Romanivka, Stara Nikolaevka e Gnativka, enquanto o Grupo Central assumiu o controlo de Shevchenko.

Por sua vez, o Grupo Militar Vostok ocupou Otranoye e Zelene Pile, também em Donetsk.

O Ministério da Defesa informou ainda no seu relatório semanal que lançou “cinco ataques combinados e dois ataques em massa com armas de alta precisão e ‘drones’ contra empresas do complexo industrial militar ucraniano, infraestruturas de aeródromos militares, centros de inteligência radiotécnica e comunicações por satélite” em resposta ao lançamento de ‘drones’ das forças de Kiev em território russo.

Além disso, o comando militar russo indicou ter atacado o centro de operações especiais e a aviação do Exército ucraniano, um sistema de mísseis antiaéreos Patriot de fabrico norte-americano e uma base marítima de ‘drones’.

“Os alvos foram atingidos. Todas as instalações militares do regime de Kiev foram destruídas”, afirmou o Ministério da Defesa.

A Rússia não reduziu a intensidade da sua ofensiva em toda a frente e até a intensificou nos setores de Sumy e Kharkiv, em paralelo com as negociações com Kiev, cuja próxima ronda está prevista para segunda-feira, em Istambul, Turquia.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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