Carlos Teles enaltece madeirenses em Crawley

O presidente da Câmara da Calheta agradeceu acolhimento dos emigrantes madeirenses.

O presidente da Câmara da Calheta discursou hoje em Crawley, arredores de Londres, para uma vasta comunidade madeirense natural da Calheta.

Na igreja dedicada a Santa Bernardete, depois da missa do Divino Espírito Santo, Carlos Teles começou por reconhecer que “é muito difícil” transmitir a emoção que tem sentido nesta visita. O autarca recordou que chegou na passada sexta-feira e tem estado sempre com madeirenses.

“Parece que estou em casa”, disse Carlos Teles. Esse sentimento não é inédito, acrescentou o presidente da Câmara da Calheta. “A emoção que nós sentimos é proporcionada por vós”, disse o autarca madeirense.

“Sempre que visito as nossas comunidades sinto isso. Seja na Venezuela, na África do Sul, ou seja lá onde for”.

Carlos Teles lembrou aos presentes que não é a primeira vez que visita Crawley e que ali sente a sua geração feita de amigos da sua idade e da sua localidade.

“São amigos de escola e de infância que brincaram comigo enquanto criança na minha adorada freguesia dos Prazeres. E isso, para mim, é muito especial”.

Sobre os emigrantes, Teles lembrou que são pessoas que tiveram de sair da sua terra natal à procura de um futuro melhor para si e para os seus. “Escolheram Crawley e eu quero, em nome do concelho da Calheta, que aqui represento, agradecer à cidade de Crawley”, o que fez perante os dirigentes locais a quem agradeceu “pela forma como receberam a comunidade madeirense e portuguesa.”

O presidente da Câmara Municipal da Calheta garantiu que os emigrantes madeirenses nunca se esqueceram daquela “magnífica cidade”.

Teles agradeceu ainda aos madeirenses que levam a Madeira para os países de acolhimento e garantiu que sai daquela cidade “com o coração cheio de felicidade e de muito orgulho” nos madeirenses que emigraram para Crawley.

O autarca arrancou um forte aplauso dos fiéis que assistiram à missa em Crawley ao elogiar o padre que a celebrou. “Os nossos emigrantes gostam muito de si. É isso que eles me transmitem”, disse Teles no final da missa do Divino Espírito Santo na igreja de Santa Bernardete.

Carlos Teles reconheceu que a Madeira nem sempre valoriza os emigrantes, mas essa é uma realidade que deve ser mudada. Ao saudar o empenho dos madeirenses, o autarca reconheceu que “não valorizamos tanto como deveríamos valorizar as nossas tradições e os nossos valores”.

Para Carlos Teles, “toda a gente deveria vir cá ver o vosso exemplo” do trabalho feito por homens e mulheres da Madeira.

A terminar a sua intervenção num dia que classificou de “inesquecível”, Teles garantiu que as portas da Câmara estão sempre abertas. Recordou que está na fase final do seu projeto autárquico e disse que foi dos emigrantes “a maior lição” que aprendeu enquanto presidente de Câmara Municipal da Calheta.

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