Ucrânia: Libertados mais 307 prisioneiros com Rússia após noite violenta de ataques

A troca ocorreu horas depois de Kiev ter sido alvo de um ataque em larga escala .

Rússia e Ucrânia trocaram hoje centenas de prisioneiros, como parte de uma grande permuta que representou um raro momento de cooperação após esforços fracassados para alcançar um cessar-fogo e acabar com a guerra.

A troca ocorreu horas depois de Kiev ter sido alvo de um ataque em larga escala com drones e mísseis russos, que provocou pelo menos 15 feridos.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e o Ministério da Defesa da Rússia disseram que cada parte recebeu hoje mais 307 soldados, um dia após cada país ter libertado um total de 390 combatentes e de civis.

“Esperamos mais amanhã”, escreveu Zelensky na sua conta oficial no Telegram.

O Ministério da Defesa da Rússia também afirmou que espera que a troca continue, embora não tenha adiantado detalhes.

Horas antes das libertações, explosões e disparos antiaéreos foram ouvidos em Kiev, enquanto muitos populares buscavam abrigo em estações de metropolitano enquanto drones e mísseis russos visaram a capital ucraniana durante a noite.

Em negociações realizadas em Istambul no início deste mês — a primeira vez que os dois lados se encontraram pessoalmente para negociações de paz desde a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022 — Kiev e Moscovo concordaram em trocar 1.000 prisioneiros de guerra e civis cada um.

Autoridades ucranianas, citadas pela agência noticiosa AP, disseram que a Rússia atacou a Ucrânia com 14 mísseis balísticos e 250 drones Shahed durante a noite, enquanto as forças ucranianas abateram seis mísseis e neutralizaram 245 drones — 128 drones foram abatidos e 117 anulados por meio de guerra eletrónica.

A Administração Militar da Cidade de Kiev afirmou que este foi um dos maiores ataques combinados de mísseis e drones contra a capital ucraniana.

“Uma noite difícil para todos nós”, afirmou a administração, em comunicado.

Numa publicação na rede X, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, considerou que existe uma “evidência clara de que o aumento da pressão e de sanções sobre Moscovo é necessário para acelerar o processo de paz”.

Enquanto isso, o embaixador da União Europeia (UE) em Kiev descreveu o ataque como “horrível”.

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