Chega com caderno de encargos com mais de 80 medidas para Orçamento Regional

O líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, afirmou hoje que o partido entregou ao Governo Regional um caderno de encargos contendo mais de 80 medidas .

O líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, afirmou hoje que o partido entregou ao Governo Regional um caderno de encargos contendo mais de 80 medidas que pretende ver integradas no Orçamento Regional.

“Tivemos uma reunião que correu bem de parte a parte. Nós apresentámos um caderno de encargos ao Governo Regional com mais de 80 medidas. Obviamente, medidas que nós temos a consciência que não serão todas para ser implementadas neste Orçamento”, disse o também deputado do Chega no parlamento madeirense, após o encontro com o secretário regional das Finanças, Duarte Freitas.

O governante recebe hoje todos os partidos com assento no parlamento regional, no âmbito da elaboração da proposta de Orçamento para este ano, uma vez que o arquipélago está sob regime de duodécimos, na sequência da moção de censura aprovada em dezembro e que acabou por resultar em eleições em março.

“O Governo [Regional] há de apreciá-las [as propostas] e, depois, vamos ver se vai implementar algumas já neste Orçamento, se irá aproveitá-las para futuros Orçamentos, visto que esperamos, em nome da estabilidade governativa da Região Autónoma da Madeira, que esta legislatura dure os quatro anos”, disse Miguel Castro.

Enunciando as medidas propostas que considera mais importantes, Miguel Castro salientou as que se referem à redução da carga fiscal, à habitação e à saúde, que considerou “serem fundamentais e que poderiam ser implementadas”.

Ao nível da saúde, o Chega defendeu o “cheque saúde para aliviar as listas de espera nas pequenas e médias cirurgias que estão na saúde pública, encaminhando as pessoas para o serviço privado na Região”.

No caso da habitação, apresentou um “programa dos direitos de superfície” a celebrar entre o Governo Regional e as autarquias, que poderia servir para projetos também destas entidades, cumprindo os respetivos planos diretores municipais.

Segundo Miguel Castro, seria “essencial” dinamizar esta medida na costa norte da ilha, aproveitando as redes viárias existentes, para “criar dinâmica de fixação de famílias” onde se regista “um défice urbano”.

Sobre a carga fiscal, insistiu que o governo madeirense “deve dar um sinal não só no IRS e IRC, mas também no IVA”.

“Não podemos continuar a dizer que se baixarmos o IVA não se reflete nos preços dos produtos, quando sabemos que houve outros governos”, nomeadamente o dos Açores, que aplicaram o diferencial máximo fiscal em todos os escalões”, disse.

Miguel Castro acrescentou que, apesar de nos Açores, no primeiro ano, ter ocorrido “um abalo financeiro, ou seja, o Governo teve perda”, já passaram três anos e, “atualmente, a economia dos Açores recupera e as pessoas usufruem dessa redução do IVA”.

O Orçamento Regional para este ano será debatido entre 16 e 20 de junho.

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