Abriu-se um novo ciclo político em Portugal com uma mensagem clara: os portugueses querem estabilidade governativa e crescimento económico com reflexos na qualidade de vida da população. A viragem à direita, que reduziu a esquerda radical a uma expressão quase simbólica no Parlamento, foi mais do que um voto de protesto. Foi um voto de confiança em novas soluções, centradas na iniciativa, no investimento e na valorização do mérito.
Para a Região Autónoma da Madeira, este novo contexto representa uma excelente oportunidade de afirmar o verdadeiro potencial como ativo geoestratégico nacional e europeu. Com a maioria parlamentar agora ancorada em ideais de centro-direita, há um terreno fértil para que a Madeira possa ser tratada como o que realmente é: uma plataforma atlântica de inovação, competitividade e ligação global.
Vivemos um tempo em que a Europa repensa os seus modelos produtivos, as suas cadeias logísticas, a sua segurança energética. E a Madeira tem, hoje, todos os argumentos certos para fazer parte dessa nova equação: posicionamento geográfico privilegiado, estabilidade política, incentivos fiscais diferenciados, qualidade de vida e um ecossistema económico em evolução.
Mas para que esta visão ganhe forma, é fundamental que o novo Governo olhe pela Madeira não como uma nota de rodapé nos orçamentos, mas como um parceiro estratégico com voz própria e propostas concretas. A direita, que tanto defende o empreendedorismo e a iniciativa privada, deve agora demonstrar com coerência ideais — aplicando-os também na relação com as regiões.
A recente presença da Madeira em Milão Bruxelas, através da Invest Madeira, é disso exemplo: foi a afirmação de uma região que acredita no seu valor e o leva além-fronteiras. Levámos connosco empresas, inovação, talento — e também uma mensagem clara: a Madeira está pronta para mais.
Hoje, mais do que nunca, o país precisa de olhar para a Madeira não como um custo, mas como uma alavanca para o seu próprio progresso e afirmação no espaço atlântico.