O Presidente da República fez novo apelo à participação dos portugueses nas eleições legislativas antecipadas de hoje e afirmou que tenciona convocar os partidos na segunda-feira, para os ouvir “calmamente, serenamente” ao longo da semana.
Marcelo Rebelo de Sousa saiu a pé do Palácio de Belém, em Lisboa, perto das 17:00 e falou à RTP na Calçada da Ajuda, insistindo no apelo à participação eleitoral que fez no sábado, na habitual comunicação ao país em vésperas de eleições.
“Quem puder, ainda são cinco da tarde, tem uma hora e meia, duas horas para votar. E eu insisto muito em que as pessoas que possam votar e queiram votar não percam a oportunidade”, declarou.
Quanto à formação do próximo Governo, o chefe de Estado adiantou que tenciona convocar os partidos que obtenham assento parlamentar “amanhã mesmo” [segunda-feira] para “ao longo da semana os ir recebendo” e “calmamente, serenamente, os ouvir na leitura da vontade dos portugueses”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, este “é o dia ideal para o exercício do direito de voto”, um dia “com uma chuvinha pequena, sem muito calor”.
Antes, frisou, é o povo quem tem “o poder de decidir”, com o seu voto.
O Presidente da República descreveu a atual conjuntura global como “um momento muito difícil” em termos políticos e económicos, “com muitas incógnitas, muitas indecisões”.
“Portanto, tudo o que seja ter decisão em Portugal e decisão por parte de quem tem o poder de decidir, que é o povo, só ele tem o poder de decidir, é fundamental, num mundo de indecisão”, considerou.
O chefe de Estado referiu que nas eleições em Portugal “um momento de afluência muito especial vai das cinco às sete” e manifestou o desejo de que “a afluência possa ainda aumentar, o que seria um bom sinal”.
De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), constam dos cadernos eleitorais para estas legislativas antecipadas cerca de 10,8 milhões de cidadãos.
No domingo passado, já exerceram o seu direito de voto mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado em mobilidade, o que corresponde a uma afluência de 94,45%, segundos dados da SGMAI.
Concorrem a estas eleições 21 forças políticas: AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, PLS e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.