Gonçalo Maia Camelo recusa derrotas e diz que IL conseguiu mostrar “equipa renovada”

Foi num ambiente calmo e contido que a Iniciativa Liberal ficou a conhecer os números das projeções anunciadas pelas 20 horas.

Pouco mais de uma dezena de apoiantes, que foram chegando paulatinamente após as 19 horas vão populando a sala onde os liberais acompanham esta noite eleitoral. Entre os presentes, estão o coordenador regional da IL, Gonçalo Maia Camelo, e o cabeça de lista, João Côrte Fernandes. O ambiente era de tranquilidade e os números das projeções anunciados na televisão não fizeram alterar o tom da sala.

Numa primeira reação, Gonçalo Maia Camelo admite que a margem indicada para a IL tanto se pode traduzir num bom resultado ou num mau resultado.

Em termos regionais, o coordenador da IL considera que ainda é cedo para saber se o partido consegue melhorar os resultados em relação ao último ato eleitoral, mas salientou que o mais importante era dar a conhecer uma “equipa renovada”.

”Já tínhamos plena consciência de que dificilmente elegeríamos um deputado”, reconheceu. “O nosso primeiro objetivo, e acho que o alcançámos plenamente, foi apresentar uma equipa renovada e mostrar que o partido tem quadros, e que não são sempre as mesmas caras”, frisou.

De volta à análise aos resultados nacionais, afastada fica a possibilidade de uma maioria absoluta entre a AD e a IL, mas o dirigente liberal afasta a ideia de uma derrota.

”Não é uma derrota. Os eleitores fazem o seu juízo e se não nos confiaram esse papel é porque acharam que não o merecíamos”, disse, antes de admitir que o Chega poderá ser “o grande beneficiado” desta noite eleitoral, deixando ainda reparos à cobertura mediática dos problemas de saúde que afligiram André Ventura na última semana”.

O resultado do Chega é um bocado estranho”, aponta. “Obriga-nos a refletir sobre o porquê de tantos portugueses aderirem cada vez mais e mais a propostas populistas e extremistas. E se me permitem, com todo o respeito, obriga a comunicação social a pensar se o que interessa cobrir nas vésperas das eleições são casos clínicos de candidatos a primeiro-ministro”.

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