O presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, não se demite da liderança do partido.
A reação surgiu esta noite depois de estar confirmada a descida do PS de dois para um deputado nestas eleições pelo círculo da Madeira.
Ladeado por vários militantes, com muitos semblantes carregados, Paulo Cafôfo responsabilizou “a onda de populismo que chegou a Madeira” pelo resultado eleitoral desta noite e mostrou-se de “consciência tranquila”, porque diz ter feito o melhor que podia e o melhor que sabia.
“O mais fácil teria sido eu demitir-me nas regionais” e “o pior seria agora deitar a toalha ao chão”, respondeu, perante a insistência dos jornalistas se não deveria teria ilações dos resultados, a tempo de o partido se reorganizar para as eleições autárquicas, que deverão acontecer no final de setembro ou início de outubro.
Mas, para Paulo Cafôfo, o desaire eleitoral desta noite é uma “consequência do populismo”, algo que “está a pôr em causa os alicerces da democracia” em Portugal.
O presidente do PS/Madeira garantiu, por outro lado, que “o PS/Madeira vai continuar a assumir-se como o garante dos valores democráticos” e da “história” democrática do país.
Emanuel Câmara, cabeça de lista pelo círculo eleitoral da Madeira, reconheceu que era sabido que estas eleições teriam “dificuldades”.
Câmara disse ainda que agora espera que os dossiês pendentes com Lisboa sejam resolvidos e prometeu ser uma voz em defesa da Madeira na República.