Três turistas de nacionalidade inglesa foram intercetados esta sexta-feira pela Polícia Florestal no Fanal, por se encontrarem a acampar fora das zonas autorizadas.
A ação foi coordenada pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), no âmbito de um conjunto de operações de fiscalização que o IFCN tem vindo a reforçar com o objetivo de assegurar o cumprimento das normas ambientais em vigor na Região.
De acordo com o IFCN, os turistas possuíam licença para acampar, mas não se encontravam no local indicado, o que constitui uma infração às regras estabelecidas. Após a abordagem, os campistas foram identificados e encaminhados para uma área devidamente licenciada para o efeito.
O Instituto lembra que o Fanal, situado no coração da Laurissilva — património natural mundial da UNESCO —, é uma das áreas mais sensíveis e protegidas do arquipélago, o que exige um elevado grau de vigilância e responsabilidade no seu usufruto.
“Acampar fora das zonas autorizadas, mesmo com licença, põe em causa a integridade dos ecossistemas e contraria os princípios de uma fruição sustentável da natureza”, frisou Manuel Filipe, presidente do IFCN, reforçando o compromisso da entidade em proteger o património natural da Região.
O responsável lembrou ainda que existem áreas específicas destinadas ao campismo, sendo imprescindível solicitar e cumprir os termos da autorização emitida pelo IFCN. “É no cumprimento das regras que asseguramos o equilíbrio entre o acesso à natureza e a sua conservação.”
O Instituto aproveitou para apelar, uma vez mais, à colaboração da população. “A denúncia de comportamentos indevidos tem sido essencial para a eficácia das nossas ações. A participação ativa dos cidadãos demonstra uma crescente consciência ambiental que muito valorizamos”, concluiu Manuel Filipe.
Com cerca de 65% do seu território terrestre classificado como área protegida, a Madeira mantém um elevado grau de compromisso com a sustentabilidade. O IFCN reafirma que continuará atento e firme na fiscalização, em nome da proteção da biodiversidade e da segurança de todos os que frequentam os espaços naturais do arquipélago.