A Câmara de Paris inaugurou hoje um memorial em homenagem às vítimas homossexuais que foram deportadas para os campos de concentração nazis, durante a II Guerra Mundial (1939-1945).
A inauguração aconteceu hoje, Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, com a presidente da câmara de Paris, a socialista Anne Hidalgo, a advertir que “é mais importante do que nunca” lutar os crimes de ódio de que a comunidade LGBTI é alvo.
Isto, continuou, por causa dos “ventos contrários e muito perigosos que gostariam de eliminar a diversidade”, numa referência ao aumento de governos autoritários em todo o mundo.
O memorial é uma enorme estrela negra, de três toneladas, da autoria do artista multidisciplinar Jean-Luc Verna, situada no jardim do Porto de Arsenal, próximo da grande praça de Bastilha, um dos locais onde ocorreram dos principais episódios da Revolução Francesa (1789-1799).
Calcula-se que dezenas de milhares de homossexuais europeus tenham sido deportados para campos de concentração e extermínio, somente pela sua orientação sexual, pelas forças nazis.
Em França, estima-se que cerca de 200 pessoas tenham sido vítimas das forças nazis de ocupação, um número subestimado, segundo alguns especialistas.