O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou esta quinta-feira que o Presidente russo, Vladimir Putin, deve “pagar o preço pela sua recusa em fazer a paz” com a Ucrânia.
“As táticas de Putin de hesitação e atraso, enquanto continua a matar e a causar derramamento de sangue na Ucrânia, são intoleráveis”, disse Keir Starmer numa declaração antes de se deslocar para a capital da Albânia, Tirana, onde participará hoje na cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE), que reúne membros da União Europeia e 20 outros países de todo o continente.
A cimeira realiza-se na mesma altura em que, em Istambul, deverão hoje de manhã ser retomadas as conversações de paz entre representantes russos e ucranianos, interrompidas na primavera de 2022.
Nem o Presidente russo, Vladimir Putin, nem o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, vão participar nestas conversações e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, manifestou-se cético, na quinta-feira, quanto ao possível resultado das mesmas.
Em Tirana, onde Volodymyr Zelensky estará presente, segundo Paris, os aliados de Kiev vão discutir como “aumentar a pressão sobre o Kremlin (…), depois de o Presidente russo ter abandonado as conversações de paz organizadas pelos Estados Unidos”, segundo o Governo britânico.
“É preciso acordar um cessar-fogo total e incondicional e, se a Rússia não quiser sentar-se à mesa das negociações, então Putin tem de pagar o preço”, insistiu Keir Starmer.
Londres defende, nomeadamente, uma “vasta campanha de sanções” contra o setor energético russo “nas próximas semanas”, caso Moscovo não aceite um cessar-fogo. A mesma ameaça foi brandida pela França.
Nos últimos dias, a União Europeia e o Reino Unido alargaram as respetivas sanções contra os petroleiros pertencentes à chamada “frota fantasma”, utilizada pela Rússia para exportar os seus hidrocarbonetos, contornando as sanções existentes.