Herlanda Amado, cabeça de lista da candidatura da CDU, afirmou hoje, após uma jornada de contactos com a população, que “as pessoas não esquecem um dos períodos mais negros das suas vidas”, aludindo aos cortes nos rendimentos, pensões, reformas e subsídios, nos tempos da troika e do governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.
“O roubo de rendimentos, o roubo de pensões e reformas, o roubo de feriados, o roubo do subsídio de Natal. Será que as pessoas esquecem esta difícil fase das suas vidas”, questionou a candidata comunista. “O que eles chamavam de ‘gorduras’ ou excedente, foram direitos roubados a quem tanto contribuiu para o crescimento do País. Será que os ex-combatentes já se esqueceram dos cortes miseráveis feitos por estes senhores, quando recebiam pensões de miséria, depois de vidas ceifadas por uma guerra que não era sua? Será que as pessoas que perderam as suas casas, os seus rendimentos, as suas pensões, os seus direitos conquistados a pulso, já se esqueceram que foram Passos e Portas, com Montenegro como líder parlamentar na Assembleia da República, que destruíram milhares de vidas?”
“Nós não esquecemos”, prosseguiu Herlanda Amado. “Nós fazemos questão de relembrar a quem está prestes a votar, entregando o seu voto de confiança já neste domingo, que o faça de forma consciente e esclarecida.”
“Agora querem alguns fazer as pazes com os trabalhadores, com os pensionistas e reformados, com os nossos jovens, com as famílias que vão perdendo rendimentos. Querem fazer as pazes, dizem eles, mas o povo não esquece, nem pode esquecer. Dizem eles que vão aumentar salários e reformas, mas porque não o fizeram antes? Onde estavam os deputados eleitos por esta Região para defender quem lhes confiou o voto? Estavam amordaçados e acobardados, porque lhes faltou coragem para enfrentar os mesmos que dizem querer fazer agora, o que não fizeram antes”, atirou ainda a candidata.