O Bloco de Esquerda Madeira, no âmbito da candidatura à Assembleia da República, propõe leques salariais para os trabalhadores do setor do turismo.
No Lido, “que é por excelência uma das zonas com o maior turismo da região, é também uma das zonas onde mais lucro se gera exatamente desta atividade que é o turismo”, Diogo Teixeira, porta-voz da iniciativa, considera que é “preciso lembrar que apesar de vários milhões serem gerados, os trabalhadores continuam a receber o mínimo ou pouco mais do que isso, enquanto que os patrões recebem muitas vezes, 20 vezes mais, 30 vezes mais do que os trabalhadores”.
Nesse sentido, o partido propõe que se estabeleçam leques salariais no setor. “Isto significa que o patrão não pode ganhar num mês aquilo que leva ao seu trabalhador um ano para conseguir ganhar. (…) se o patrão quiser ver o seu próprio salário aumentado, tem também de aumentar o salário dos seus trabalhadores”, explica.
Para além disso, o BE chama a atenção para algo que considera que já não faz sentido hoje em dia, “que é haver muitas empresas que não pagam o subsídio de alimentação, as empresas privadas”. O Bloco quer propor que o subsídio de alimentação seja pago a todos, tanto no público como no privado, e que o valor desse subsídio seja 10 euros, passando dos atuais 6 para 10 euros.
“Para aqueles que dizem que para as empresas pequenas será difícil computar estes custos, temos uma solução muito rápida. É lembrar que há várias empresas, grandes e multimilionárias, que estão a receber benefícios fiscais e, se calhar, se não tivessem esses benefícios fiscais, seria possível atribuir apoios às pequenas e médias empresas, que são o garante do nosso tecido empresarial, conseguiriam garantir o pagamento deste subsídio de alimentação aos seus trabalhadores, porque os direitos dos trabalhadores têm de ser assegurados e é isso que o Bloco pretende fazer já na próxima legislatura”, remata.