Filipe Sousa garante que nenhum assunto dependente da República que seja do interesse da Madeira e do Porto Santo, “em circunstância alguma, com o JPP no Parlamento nacional, será utilizado como moeda de troca de interesses centralistas do PSD, CDS e PS, com a cumplicidade dos deputados que têm representado a Madeira”.
Numa ação de campanha, esta terça-feira, o candidato do JPP às eleições do próximo domingo para a Assembleia da República, afirmou que “o subsídio social de mobilidade só estará resolvido e aceite pela população no dia em que ao dirigir-se a um balcão para comprar uma viagem o residente pague apenas 79 euros e o estuante 59 euros, deixando de financiar o Estado, tudo o resto que se diga sobre este assunto é para iludir e caçar votos sem terem resolvido o que há muito é um desejo da generalidade da população”, critica.
Filipe Sousa alerta que já ouviu e leu opiniões de dirigentes do PSD, CDS e PS “a avisar” que as companhias áreas “deixariam de voar para a Madeira se o Estado alterar o modelo atual de pagamento das passagens”.
“Isto é renunciar aos direitos dos madeirenses e porto-santenses”, adverte. “Creio que não precisamos de melhor exemplo para que todos percebam que esses partidos e os governos desses partidos estão a ceder e a inverter o desígnio social do subsídio de mobilidade, que é atribuído ao cidadão e não às companhias aéreas”, explica. “É utilizar os assuntos da Região como moeda de troca para favorecer as companhias áreas e é a prova de que o JPP tem razão quando vinca o imobilismo dos partidos tradicionais, sendo o único partido sem influências e comandos em Lisboa e é essa condição diferenciadora que nos permite defender, sem ceder, os interesses da Madeira e Porto Santo”.
O cabeça-de-lista do JPP garante que pagar apenas o valor estipulado para o residente e o estudante “será assunto para pegar e não largar enquanto não for resolvido”, refere.
Filipe Sousa aponta ao “sentido de comunidade, seriedade e proximidade” do JPP, pede à população “uma oportunidade” para continuar este trabalho na Assembleia da República e ajudar a resolver a questão da mobilidade aérea, a linha marítima por ferry, a redução do custo com o transporte de mercadorias, o regime fiscal diferenciado, a Estrutura de Missão, “uma proposta inédita para acabar com as desconfianças sobre a autonomia e sabermos, com rigor científico, quanto custa viver nas Ilhas”, medidas fiscais e outras ferramentas para reduzir o custo de vida, o IVA na habitação, a estabilidade do Centro Internacional de Negócios.
“Temos muito trabalho pela frente, prova do imobilismo dos partidos que nos têm representado, mas estou empenhado e confiante nesta nova missão”, realça. “A nossa forma de fazer política tem sido reconhecida na Assembleia Regional e no poder local. Trabalhamos, propomos, fiscalizamos e defendemos os nossos direitos, sempre com independência e coragem.” Sem se deter: “Ninguém, em Lisboa, vai orientar ou dizer ao JPP que este ou aquele assunto da Região não deverá ser discutido agora ou só daqui a um mês porque belisca ou incomoda interesses centralistas”, assegura. “O JPP é um partido institucional, nascido da Autonomia, humanista, dialogante e tolerante. irá trabalhar no Parlamento em prol da coesão de todo o território e na remoção das muitas ‘lhas’ de isolamento económico e social que PSD, CDS e PS ergueram por todo o país.”