Profissionais do setor turístico alertam para a prática crescente de “campismocar” em locais icónicos da ilha, comprometendo a qualidade do turismo e a reputação da Madeira. O presidente da Autarquia de Santana, Dinarte Fernandes, disse ao JM que se “trata” claramente de “ocupação indevida do espaço público” e que a PSP está informada da situação. Segundo revela ao Jornal, a PSP devia de atuar sobre estes casos.
Ainda não passou uma semana desde que o JM denunciou a presença de viaturas adaptadas para campismo no Miradouro do Guindaste e já circulam novas imagens nas redes sociais a mostrar o agravamento da situação.
No mesmo local, foi agora improvisado um “quarto” para pernoita e até um “quintal” onde se seca roupa ao ar livre. Esta manhã, um grupo de turistas ficou surpreendido ao assistir a uma cena que, infelizmente, se tem tornado recorrente naquele miradouro.
Enquanto dezenas de visitantes desciam de um autocarro para apreciar a vista e usufruir da infraestrutura do espaço, uma família acordava tranquilamente e iniciava as suas rotinas como se estivesse num parque de campismo – cozinhar, lavar e estender roupa incluído.
A denúncia partiu de profissionais do setor turístico, nomeadamente guias-intérpretes, que expressam preocupação com o impacto negativo que este tipo de turismo informal está a ter sobre a imagem da Madeira.
Estes profissionais alertam para a crescente banalização de comportamentos que desrespeitam os espaços públicos e descaracterizam a experiência turística que a região sempre procurou oferecer: organizada, sustentável e de qualidade.
As imagens divulgadas são prova evidente daquilo que tem vindo a ser relatado, quando as transformações de locais emblemáticos da ilha passam a acampamentos improvisados, sem qualquer controlo ou respeito pelas normas básicas de civismo e higiene.