O Partido da Terra (MPT) prestou, em comunicado, uma homenagem a todos os profissionais de enfermagem, “que todos os dias, com dedicação, competência e humanidade, asseguram o funcionamento do sistema de saúde português, muitas vezes com poucos meios e sem o devido reconhecimento”.
No Dia Internacional do Enfermeiro, o MPT defende uma política de saúde centrada nas pessoas, no acesso universal e na valorização dos profissionais. “A crise que enfrentamos hoje no SNS e no Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) é o resultado de uma estratégia errada: cortar onde mais se devia investir.”, refere Ricardo Camacho, cabeça-de-lista do MPT às eleições legislativas nacionais.
“A Região Autónoma da Madeira, apesar de dispor de competências próprias em matéria de saúde, continua a ser tratada como periférica nos critérios de financiamento nacional. Esta injustiça compromete a qualidade dos cuidados de saúde prestados e sobrecarrega os profissionais, numa região marcada pela dupla insularidade e envelhecimento da população”, adita.
Assim, e considerando que são propostas “realistas, com impacto direto na vida dos madeirenses e dos portugueses”, o MPT defende medidas como o aumento efetivo das transferências do Orçamento do Estado para a Saúde na RAM, ajustado aos custos acrescidos da insularidade e da dispersão geográfica, de forma a garantir a sustentabilidade do SESARAM”.
Propõe a criação de um Fundo Nacional de Compensação para Regiões Insulares na área da Saúde, garantindo igualdade no acesso a serviços médicos especializados, tratamentos oncológicos, deslocações e exames; um Plano especial de reforço de pessoal clínico na RAM, com incentivos salariais e fiscais à fixação de médicos, enfermeiros e técnicos superiores nas ilhas, incluindo habitação acessível e estabilidade contratual; a redução de listas de espera, através da criação de equipas multidisciplinares dedicadas e da contratação transparente de serviços externos, sem clientelismo político; Investimento na saúde preventiva e comunitária, com reforço dos cuidados de saúde primários e programas de proximidade nos concelhos mais isolados.
Quer ainda “a valorização imediata da carreira de enfermagem e das restantes carreiras da saúde, combatendo a fuga de profissionais com melhores condições salariais e de progressão”.
A concluir, Ricardo Camacho sustenta que “a autonomia regional deve ser um instrumento de progresso e não uma desculpa para o desinvestimento. O Partido da Terra propõe-se à Assembleia da República com uma visão construtiva e realista: exigir respeito pela Madeira, lutar por um novo modelo de financiamento da saúde e defender o direito dos cidadãos a serem tratados com dignidade”.