No primeiro trimestre de 2025, o Funchal foi a cidade do País onde os preços mais aumentaram no que toca a arrendar quartos, segundo uma análise publicada pelo idealista, o marketplace imobiliário de Portugal. Na capital madeirense, os quartos estão 50% mais caros do que no mesmo período do ano passado.
No estudo, o idealista refere que a oferta de quartos para arrendar em casa partilhada subiu 91% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o ano anterior. “No trimestre anterior o aumento da oferta foi de 56%, verificando-se assim uma tendência de continua subida nos últimos meses. Apesar de existirem mais quartos para arrendar, os preços subiram 4% num ano”, realça.
Analisando a oferta de quartos por capitais de distrito/regiões autónomas, a análise verificou que o aumento do stock foi bastante acentuado no último ano, registando-se seis cidades com crescimentos superiores a 50%. “Foi em Coimbra (364%) onde mais se verificou essa subida, seguida pelo Porto (137%), Lisboa (128%), Viseu (72%), Portalegre (65%) e Guarda (53%). Com um aumento também expressivo, embora inferior a 50%, destacam-se Bragança (36%), Braga (18%), Aveiro (18%), Viana do Castelo (17%), Setúbal (10%) e Leiria (2%). Em Santarém, a oferta manteve-se estável (0%)”, apontou,
No entanto, das cidades analisadas, a oferta diminuiu em Évora (-40%), Ponta Delgada (-37%), Vila Real (-27%), Faro (-26%), Castelo Branco (-24%), Funchal (-21%).
O idealista salienta também que, apesar da subida da oferta, os preços dos quartos para arrendar aumentaram em 13 das 19 capitais de distrito/região autónoma analisadas, sendo que foi então no Funchal onde os preços mais subiram, sendo os quartos 50% mais caros do que no mesmo período do ano passado.
Seguem-se Faro (33%), Aveiro (32%), Setúbal (30%), Évora (23%), Braga (17%), Viana do Castelo (17%) e Portalegre (14%). Com subidas de preço mais moderadas surgem Coimbra (10%), Ponta Delgada (10%), Porto (5%), Vila Real (4%) e Leiria (3%). Já em Santarém e Viseu, os preços mantiveram-se estáveis.
Por outro lado, nas cidades onde se verificaram quebras nos preços dos quartos, encontram-se Castelo Branco (-23%), Bragança (-15%), Lisboa (-8%) e Guarda (-5%).
Mais indica que Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros em Portugal, onde os preços rondam os 500 euros mensais, seguida pelo Funchal (450 euros/mês), Porto (420 euros/mês), Faro e Ponta Delgada (ambos com 400 euros/mês), Aveiro (397 euros/mês), Setúbal (390 euros/mês), Évora (370 euros/mês), Braga e Viana do Castelo (350 euros/mês), Coimbra (330 euros/mês), Leiria e Santarém (300 euros/mês). Por outro lado, das cidades analisadas, as mais económicas para arrendar quarto são Guarda (190 euros/mês), Bragança (200 euros/mês), Castelo Branco (230 euros/mês), Portalegre (250 euros/mês), Vila Real (250 euros/mês) e Viseu (260 euros/mês).
Arrendar quarto não é só para estudantes
Os dados publicados nesta análise revelam que o arrendamento de quartos não é uma opção habitacional apenas para estudantes, convertendo-se também na opção eleita por jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde.
“A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa. Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e de sairem da casa dos pais, uma tendência que deverá aumentar nos próximos anos”, indica o idealista,
“O idealista tornou-se numa referência para todos aqueles que procuram partilhar casa, tanto pela facilidade de utilização como qualidade da informação. A opção disponibilizada pelo idealista de procurar um companheiro de casa para iniciar com ele o processo de pesquisa de um alojamento, tem um grande sucesso entre os utilizadores portugueses e estrangeiros que se deslocam ao nosso país e que pretendem encontram um quarto desde os seus locais de origem. Uma das grandes vantagens são as diferentes opções linguísticas disponíveis no idealista: além do português está acessível o inglês, alemão, francês, russo, espanhol, italiano, sueco, holandês, finlandês, polaco, romeno, dinamarquês, chinês e grego”, remata.