O candidato do Juntos Pelo Povo (JPP) às eleições do próximo domingo considerou, hoje, ser estranho, aquilo que considera um “silêncio comprometedor” da aliança PSD-CDS sobre “o elevado custo de vida que os madeirenses têm vindo a suportar nos últimos anos de glorificação de recordes na economia e na receita fiscal”.
Filipe Sousa é de opinião de que há ferramentas para reduzir o custo de vida e assume, mesmo, lutar para que aquelas sejam uma realização.
“O diferencial de 30% no IVA, IRS e IRC foi uma medida consagrada precisamente para fazer face aos custos acrescidos da insularidade, mas PSD-CDS açambarcaram esse direto constitucional dos madeirenses e porto-santenses e agora dizem que só reduzem o IVA se o Governo Central alterar a lei para um regime de capitação simples”, disse, hoje, numa iniciativa de campanha eleitoral levada a cabo em São Martinho.
“Nada mais falso, porque a lei que levou o PSD a retirar esse diferencial do bolso dos madeirenses, quando conduziu a Região à falência, é a mesma que vigora ainda hoje. Falar a verdade é explicar os factos sem truques linguísticos. Portanto, a aliança PSD-CDS repete que não devem ser os madeirenses a pagar o custo da insularidade, mas estranhamente é o PSD-CDS que se têm apoderado dessa receita e dela agora, simplesmente, não querem abdicar, empurrando a decisão para Lisboa”, adiantou ainda sobre esta matéria.
E sublinhou que o mesmo acontece com a descida do IRS em todos os escalões.
Falou também da linha marítima ferry para passageiros e mercadorias, considerando a mesma essencial “para introduzir concorrência no transporte marítimo de carga e, porventura, abrir portas à entrada na Madeira de mais uma cadeia de supermercado”.