O Partido Reagir Incluir Reciclar – Madeira prossegue as suas iniciativas no âmbito da campanha eleitoral às Legislativas de 18 de Maio, desta feita alertando para “um dos grandes problemas atuais” para a Região: “a massificação do turismo e o seu impacto”.
“O turismo, sendo uma peça chave da nossa economia, não pode continuar a crescer de forma desordenada, sem respeito pelo território, pelas comunidades locais e, sobretudo, pelo ambiente — particularmente nas áreas protegidas que tornam a Madeira única no mundo”, começa por referir o partido, através de um comunicado enviado à redação.
O partido entende que a crescente pressão turística tem gerado situações inaceitáveis, como o acampamento de turistas em parques de merendas, a utilização de espaços públicos para a higiene pessoal, o desrespeito por sinalizações em trilhos temporariamente encerrados e o estacionamento abusivo em locais inadequados, incluindo zonas de proteção ambiental.
“Estas práticas têm provocado um impacto ambiental crescente e preocupante, sobretudo em áreas sensíveis da nossa floresta Laurissilva e outros espaços naturais classificados, colocando em risco ecossistemas únicos e património natural de valor mundial”, apontou.
Estas situações, “já denunciadas pelo RIR, continuam sem resposta eficaz, afetando diretamente a qualidade de vida dos residentes, a segurança dos visitantes e a imagem da Madeira enquanto destino sustentável”.
O RIR Madeira “reconhece a importância do turismo como motor económico, mas insiste que este deve ser desenvolvido com responsabilidade, respeito e equilíbrio”.
Nesse sentido, propõe as seguintes medidas:
1. Reforço da fiscalização ambiental e turística em áreas protegidas e de elevado valor ecológico;
2. Criação de zonas específicas para autocaravanas e campismo, devidamente equipadas e regulamentadas;
3. Campanhas de sensibilização multilíngues, para informar e educar os visitantes sobre as normas locais e a importância da preservação ambiental;
4. Controlo e regulação de trilhos, com sistemas digitais e penalizações para quem aceda a percursos interditos;
5. Definição de limites de carga turística em locais sob forte pressão ecológica, com base em estudos técnicos;
6. Promoção ativa de um turismo sustentável e distribuído, que valorize outras áreas da Região e reduza a concentração em zonas frágeis.
“A Madeira precisa de um novo rumo no turismo – um rumo que valorize o nosso território, proteja o nosso ambiente e respeite as nossas comunidades”, remata.