Doenças do aparelho circulatório e tumores malignos continuaram a ser as principais causas de morte na Região

A Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) divulga hoje, para a Região Autónoma da Madeira (RAM), informação sobre as causas de morte de 2022, por município, grupo etário e sexo.

De acordo com os dados disponibilizados, em 2022, ocorreram 3 104 óbitos de residentes na RAM, o que representa um aumento de 8,0% relativamente a 2021 (2 875 óbitos).

Destes óbitos, 1 454 eram do sexo masculino e 1 650 do sexo feminino, pelo que a relação de masculinidade ao óbito foi de 88,1 óbitos masculinos por cada 100 óbitos femininos, valor inferior ao registado a nível nacional, de 98,6. No ano em análise, a taxa de mortalidade por 1 000 habitantes na RAM foi de 12,3‰.

“Por grupo etário, registaram-se 3 óbitos de crianças com menos de 1 ano, correspondendo a uma taxa de mortalidade infantil de 1,7‰. Entre as causas de morte, estão 2 devido a malformações congénitas e 1 por ‘Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas’”, refere.

A DREM indica ainda que, entre o grupo das crianças, registou-se ainda um óbito de uma criança entre 5 e 9 anos, cuja causa de morte foi ‘Acidente de transporte’.

No grupo etário dos 20 aos 64 anos, a DREm contabilizou 567 óbitos (18,3% do total), destacando-se as mortes por ‘Tumores malignos’ (192 óbitos), por ‘Doenças do aparelho circulatório’ (124 óbitos) e por ‘Causas externas de lesão e envenenamento’ (79 óbitos).

Já entre os 65 e os 79 anos registaram-se 910 óbitos (29,3% do total), continuando a mortalidade por ‘Tumores malignos’ como principal causa de morte (258 óbitos), seguida pela mortalidade por ‘Doenças do aparelho circulatório’ (218 óbitos) e por ‘Doenças do aparelho respiratório’ (118 óbitos).

Ao nível de município, e em termos proporcionais, o município do Funchal registou 1 345 óbitos (43,3%), seguido de Santa Cruz com 396 óbitos (12,8%) e Câmara de Lobos com 315 óbitos (10,1%).

“Estes municípios concentraram 66,2% dos óbitos da RAM. Por outro lado, os municípios do Porto Moniz (46 óbitos, 1,5%), Porto Santo (62 óbitos; 2,0%) e São Vicente (76 óbitos; 2,4%) destacaram-se por apresentarem menos de 100 óbitos, em 2022, totalizando 5,9% das mortes. A causa de morte por “Doenças do aparelho circulatório” destacou-se como a principal em todos os municípios, exceto em Câmara de Lobos, Santa Cruz, Santana e Porto Santo. Nestes 4 municípios a principal causa de morte foi por “Tumores malignos””, destaca a DREM.

Mais indica que na RAM, em 2022, as “Doenças do aparelho circulatório” continuaram a ser a principal causa de morte, com 787 óbitos, correspondendo a 25,4% do total de óbitos. A taxa de mortalidade por esta causa de morte foi na RAM de 3,1‰, valor inferior ao observado a nível nacional (3,2‰).

Por município, esta taxa foi superior no Porto Moniz (6,0‰), seguido da Calheta (5,9‰) e São Vicente (4,3%). Os municípios do Porto Santo (1,5‰), Santa Cruz (2,0‰) e Câmara de Lobos (2,2‰) foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade por esta causa de morte.

A DREM refere ainda que a mortalidade por “Tumores malignos” foi a segunda causa de morte mais comum na RAM, em 2022, tendo sido contabilizados 657 óbitos, o correspondente a 21,2% do total de mortes e a uma taxa de mortalidade por tumores malignos de 2,6‰, taxa inferior à nacional que se situou em 2,7‰.

Os municípios do Funchal (291 óbitos) e de Santa Cruz (102 óbitos) foram os que registaram maior número de mortes por esta causa. Nos restantes municípios o número de óbitos foi inferior à centena, destacando-se o Porto Moniz com apenas 6 mortes. Em termos de taxa de mortalidade, os municípios de Santana (4,2‰), Calheta (3,5‰), Machico (2,8‰), Funchal (2,7‰) e São Vicente (2,7‰) foram os que apresentaram as taxas mais elevadas e superiores à média regional (2,6‰). A menor taxa foi observada nos municípios da Ponta do Sol (1,6‰) e do Porto Santo (1,9‰).

A DREN nota que a mortalidade por tumores malignos foi superior à mortalidade por doenças do aparelho circulatório nos municípios de Santa Cruz (+15 óbitos), Santana (+4 óbitos), Porto Santo (+2 óbitos) e Câmara de Lobos (+1 óbito), sendo em Santana a principal causa de morte, em 2022.

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