Samuel Caldeira defende novo ciclo para Machico com mais visão, investimento e compromisso

Caldeira denunciou uma “governação marcada por promessas não cumpridas e falta de visão estratégica”.

Na sessão solene do Dia do Concelho de Machico, Samuel Caldeira, deputado municipal do PSD, deixou um discurso marcado por críticas à gestão atual e pela defesa da necessidade urgente de mudança.

“Não podemos ignorar que ainda persistem lacunas, oportunidades perdidas e desafios que permanecem sem resposta. E é precisamente por isso que este momento exige de nós um olhar exigente e uma atitude responsável”, destacou, considerando que o estado atual do concelho levanta sérias preocupações.

Caldeira denunciou uma “governação marcada por promessas não cumpridas e falta de visão estratégica”, apontando como prova a estagnação do investimento e a ausência de respostas aos problemas reais da população.

Referiu ainda o prejuízo superior a 1,3 milhões de euros nas últimas contas do município, apresentado “sem explicações claras” e num contexto de mera gestão corrente.

“Mais grave ainda”, frisou, “é o sentimento generalizado de que os cerca de 35 milhões de euros pagos em impostos nos últimos anos não tiveram um retorno proporcional nem visível para quem vive, trabalha ou investe em Machico.”

Perante este cenário, Caldeira defende que é urgente agir com ambição, propondo um novo ciclo baseado em pilares como o investimento em infraestruturas, a melhoria dos serviços públicos, a criação de emprego, a mobilidade eficaz, soluções de estacionamento e, especialmente, habitação acessível para os jovens.

Apontando a falta de políticas eficazes para fixar juventude no concelho, propôs a criação de um Programa Municipal de Habitação Acessível, com construção e reabilitação a custos controlados, incentivos à reabilitação urbana, parcerias público-privadas com responsabilidade social e apoio ao arrendamento jovem.

“Só assim faremos de Machico uma terra de oportunidades”, destacou.

O deputado do PSD lamentou também os atrasos em vários projetos estruturantes, criticando a proposta de um Plano de Pormenor para um investimento turístico na Frente Mar de Machico, considerando-a “mais uma forma de adiar soluções do que uma resposta efetiva às necessidades da cidade”.

Caldeira defendeu ainda maior valorização das freguesias do Caniçal, Porto da Cruz, Santo António da Serra e Água de Pena, realçando o seu potencial inexplorado.

“A verdade é que o concelho continua a ser gerido com base em fórmulas esgotadas, num tempo que exige inovação, coragem e visão. O futuro não se constrói com presença — constrói-se com competência”, afirmou, apelando a lideranças preparadas e com espírito de serviço.

No encerramento do seu discurso, deixou um apelo à ação concreta: “O tempo dos discursos sem substância, feitos para encher calendários e tapar ausências, tem de terminar. O futuro exige ação com visão, propostas concretas, executadas comrigor e com sentido de missão”.

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