Foram ontem detidos dois homens de 41 e 51 anos, pela GNR, por exploração de jogo ilegal, no Funchal. No seguimento desta operação, foram ainda apreendidas 30 máquinas de jogo ilegal, tal como o JM já havia avançado.
O Comando Regional informa que a operação decorria há cerca de um ano e tinha por objetivo a exploração ilícita de jogo, apostas online e fraude fiscal. Os militares da Guarda realizaram diligências policiais que culminaram com o cumprimento de 39 mandados de busca, sete domiciliárias e 32 em estabelecimentos comerciais e anexos, tendo sido ainda dado cumprimento a dois mandados de detenção.
Foram, ainda, fiscalizados 30 estabelecimentos comerciais, nos quais foram apreendidas 30 máquinas de jogo ilegal; 42 máquinas de dardos; 318.698,53 euros em numerário; dois computadores portáteis; oito tablets; 18 telemóveis e diverso material informático.
Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial hoje no Tribunal Judicial da Ponta do Sol, para aplicação das medidas de coação.
No seguimento da ação foram ainda constituídos arguidos 26 indivíduos, com idades compreendidas entre os 23 e os 66 anos.
Na sequência de uma das fiscalizações, a GNR informa que foi contactada a Autoridade Regional das Atividades Económicas (ARAE) para avaliação das condições higiossanitárias de um estabelecimento comercial, tendo sido determinado o seu encerramento temporário.
A operação contou com o empenhamento de diversas valências do Comando Territorial da Madeira, com o reforço de militares dos Comandos Territoriais do Porto e de Coimbra, da Unidade de Ação Fiscal (UAF), da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) e da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS), num total de 115 militares. Contou ainda com o apoio técnico de quatro inspetores do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, no âmbito das perícias técnicas.
A GNR relembra que “os jogos de fortuna ou azar são aqueles cujos resultados assentam exclusiva ou fundamentalmente na sorte, sendo a sua exploração e prática apenas permitidas nos casinos e em locais devidamente autorizados e licenciados. A dependência no jogo é reconhecida como uma patologia, sendo possível verificar alguns sinais que revelam a adição do jogador. É uma realidade que, não raras vezes, coloca em causa não só a estabilidade financeira de determinadas famílias, como influencia a vertente sócio comportamental do jogador, tanto nas suas relações pessoais como profissionais. Como tal, e porque o jogo ilegal se trata de um ilícito criminal, a GNR irá continuar, não só a promover ações de sensibilização destinadas a prevenir estes comportamentos, mas também a desenvolver ações de fiscalização, através de uma presença recorrente nos locais onde é verificada”.