O líder do PSD e recandidato a primeiro-ministro avisou hoje que se a AD não conseguir estabilidade política o pós-eleições será “muito mais complexo”, prometendo “não desperdiçar diálogo político e social” se reforçar a votação.
Luís Montenegro falava brevemente aos jornalistas após uma arruada em Guimarães onde, do alto de uma muralha, voltou a pedir uma maioria maior nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.
Questionado pela comunicação social – à qual voltou a não responder sobre o pedido do PSD de saber quem divulgou as novas informações sobre a Spinumviva – se vai pedir uma maioria absoluta, o líder da AD (coligação PSD/CDS-PP) nunca usou essa expressão, enfatizando que quer manter o “diálogo político e social”.
“Significa o reforço daquela que é a nossa representação e nós temos a expectativa e temos dados muito seguros de que isso está em curso. Agora é preciso que as pessoas saibam que, com humildade, ninguém ganha as eleições, nem antes nem depois das eleições, é só no dia”, afirmou.
Por isso, pediu, “que ninguém dê por adquirida a vitória” e apelou aos indecisos e aos que até podem valorizar mais o valor da estabilidade política do que as propostas de cada partido.
“Valorizem as políticas concretas, com certeza, valorizem o programa, valorizem a liderança do Governo, mas valorizem também a única forma que garante a estabilidade. Porque há uma coisa que não acontecerá: se nós não conseguirmos garantir a estabilidade no dia das eleições, o dia seguinte será muito mais complexo e pode não corresponder àquilo que era o objetivo das pessoas”, avisou.
Perante a insistência dos jornalistas – e de alguns apoiantes que pediam a maioria absoluta -, Montenegro voltou a definir o que é a maioria maior que pretende.
“É uma maioria que eu sinto que é a vontade do povo português, cada um com a sua opinião e nós respeitamos. E eu digo isto com a humildade de quem saberá interpretar o resultado qualquer que ele seja, nunca desperdiçando as oportunidades de diálogo político, de diálogo social”, disse.
“Nós neste ano conseguimos falar sempre que foi necessário com todos aqueles que são relevantes, quer do panorama político, quer do panorama social”, defendeu.