A candidatura do Juntos Pelo Povo (JPP) às eleições legislativas de 18 de maio critica o Governo Regional da Madeira, acusando a coligação PSD/CDS de “desonestidade intelectual” na aplicação de apoios sociais destinados a idosos com baixos rendimentos.
A denúncia surge após a análise dos dados divulgados pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), que revelam valores “preocupantes”, diz o JPP, sobre as pensões dos madeirenses e porto-santenses. O cabeça-de-lista do JPP, Filipe Sousa, alerta que “a evidência dos números não deixa ninguém indiferente” e exige que o executivo regional enfrente a realidade.
Segundo os dados de 2023, o valor médio da pensão de velhice na Madeira é de apenas 524 euros mensais — menos 11,6% do que a média nacional — e cerca de 18 mil idosos sobrevivem com uma pensão mensal de 266 euros, 12,5% abaixo da média praticada no continente.
“É inaceitável e revela uma profunda falta de respeito pela dignidade de milhares de idosos madeirenses”, afirma o candidato. “Nem o Governo PSD/CDS, nem os deputados eleitos pela Madeira, deram um único passo durante 17 anos para garantir o acesso a um direito consagrado por lei.”
O JPP defende a extensão de um apoio adicional de 150 euros mensais a todos os beneficiários do Complemento Regional para Idosos (CRI), incluindo os 18 mil idosos com pensão de sobrevivência, e não apenas aos 2.800 abrangidos atualmente pela coligação governamental.
“É tempo de mudar de postura, deixar de destratar os madeirenses e governar com transparência, verdade e decência”, conclui.