“Embirra” com algumas canções de amor, é metódico e discreto e não esquece de onde vem e os quantos mundos que já tem acrescentados. O guitarrista André Santos mantém o desejo de lançar novo disco a solo, mas, para já, entre o ‘embalo’ da sua música e a vida corrida dos palcos, ocupa-se da produção de vários discos.
Num registo descontraído, diferente do estilo metódico que aplica em cima do palco, André Santos falou ao Jornal sobre os cordofones madeirenses — um tema que lhe é particularmente caro — defendendo que estes instrumentos, com raízes profundas na cultura local, mereciam uma candidatura a património mundial da UNESCO.
“A candidatura acho que merecia, de certeza. Até porque também tem uma repercussão maior do que a Madeira. Quando se fala no famoso «ukulele», que tem origem cá, acho que só por aí já tem um certo peso, mas também por todo o trabalho que é desenvolvido na Madeira”, afirmou, sendo apologista de que “poderia se tentar uma candidatura e ver”.
Longe de fórmulas previsíveis, André Santos mostrou-se, ademais, apreciador das canções que contam histórias, não estando alheado da relação música – literatura, que considera perene.
“Às vezes embirro um bocadinho com canções de amor, porque há tantas”, revelou. “Uma história qualquer, uma história corriqueira, parece que me prende mais a atenção”.
Leia na íntegra na edição impressa de hoje do JM.