O problema da falta de habitação esteve uma vez mais no centro das preocupações da candidatura da CDU às eleições de 18 de maio. Numa ação de rua, a cabeça de lista Herlanda Amado defendeu, no caso da Madeira, “um Programa de Emergência para a Habitação”.
Conforme é explicado em comunicada, esta seria uma medida semelhante à chamada Lei de Meios, aprovada na Assembleia da República para fazer face à catástrofe do 20 de fevereiro de 2010.
A candidata lembrou nos contactos realizados, que a habitação é um direito consagrado na Constituição Portuguesa, que a CDU pretende tornar efetivo.
“A Constituição inscreve como obrigação do Estado garantir, a todos os cidadãos, o direito a uma habitação adequada para si e para a sua família, mas as políticas das últimas décadas, com total desresponsabilização do papel do Estado na intervenção pública, transformaram cada vez mais um direito fundamental, numa mercadoria ao dispor da especulação e da maximização do lucro”, afirmou.
Na perspetiva da candidata, citada num comunicado alusivo ao contacto com a população no centro do Funchal, “a falta de soluções para o problema da habitação, face ao insuficiente investimento público e às erradas orientações da política de habitação, levou a que se agravassem os problemas de milhares de famílias que mesmo trabalhando e tendo um salário, não conseguem, por um lado, garantir o pagamento das prestações bancárias e por outro lado, não conseguem aceder a uma renda compatível com os salários auferidos”.