O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, entregou esta quarta-feira à presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM), Rubina Leal, o Programa de Governo resultante do acordo parlamentar e governativo entre PSD e CDS. O documento reflete os compromissos assumidos com os madeirenses e traduz a convergência entre os dois partidos da coligação.
“Este programa consubstancia os compromissos da maioria relativamente àquilo que foi a vontade dos madeirenses”, afirmou Miguel Albuquerque, sublinhando que o documento representa uma síntese dos programas eleitorais dos dois partidos e reforça a continuidade do percurso da Região no crescimento económico e na intervenção social. Entre as prioridades destacadas está a conclusão de duas obras consideradas fundamentais para a saúde pública: o novo Hospital Central da Madeira e a nova unidade de saúde do Porto Santo. O programa reforça ainda o compromisso com os idosos, as famílias carenciadas e os cuidados continuados.
Na educação, ciência e cultura, o líder regional reafirmou a aposta numa nova geração com formação de excelência, reconhecendo que “o desenvolvimento das sociedades passa pela educação e pelo acesso à ciência e à inovação”. Miguel Albuquerque confirmou o aumento do subsídio de insularidade para os funcionários públicos e garantiu que haverá uma abertura moderada das carreiras, com controlo da despesa.
Quanto à questão do salário mínimo, Albuquerque reiterou o compromisso com a sua subida, mas alertou que o foco deverá estar também no aumento do salário médio: “Temos que aumentar o gap entre o ordenado mínimo e o ordenado médio”.
O presidente do Governo Regional antecipou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) da Madeira poderá atingir os 7.500 milhões de euros em 2025, superando os 7.122 milhões registados em 2024. Apesar das incertezas, Albuquerque afirmou que as previsões se baseiam em dados reais do crescimento económico e das expectativas para o segundo semestre deste ano.
“Não estamos a ser otimistas, estamos a ser realistas com base nos números”, concluiu.