Passageiros barrados nos detetores de metais perdem o voo para a Madeira e estão há quase 24 horas ‘a ver aviões’

A situação é, no mínimo, caricata. Nicolau Alves, madeirense, é um dos muitos passageiros que, ontem, foi afetado pelo apagão que se registou no território continental.

O homem, acompanhado de mais duas pessoas, era passageiro da TAP e tinha voo marcado para a Madeira para as 22h45, viagem que chegou a acontecer.

Garante que recebeu mensagens durante o dia da transportadora aérea a informar que, apesar do apagão, o voo iria realizar-se, pelo que dirigiu-se para o Aeroporto Humberto Delgado para fazer a sua viagem para a Madeira. Quando lá chegou, confrontou-se com milhares e milhares de pessoas, que deambulavam por toda a infraestrutura e dirigiu-se à zona de embarque para ‘apanhar’ o avião com destino à Madeira. Mas, segundo nos conta, foi impedido porque não havia funcionários nos detetores de metais nem na restante segurança.

Está, neste momento, sem nunca ter saído, no terminal 1 do Aeroporto de Lisboa. Continua sem qualquer informação da TAP desde que chegou ao local para fazer a viagem para a Madeira. Não sabe quando volta, a que horas volta, se vai ter apoio, nem onde ficar.

E refere que, o mais caricato é que o voo foi realizado. Nicolau Alves diz que não sabe se a viagem fez-se apenas com a tripulação ou não. Mas uma coisa garante: foi impossibilitado de passar a zona de embarque e não consegue ter acesso à TAP. Adianta que as comunicações continuam muito fragilizadas, em particular, via internet e, por isso, teve de pedir a família da Madeira para tentar contactar a transportadora aérea no sentido de conseguir saber como e quando vai viajar.

”Isto é um caos. Percebo os constrangimentos do apagão. Mas recebemos mensagens de que o voo iria realizar-se. Viemos para o aeroporto. Não nos deixaram embarcar. O voo partiu e estamos aqui há horas, encostados onde podemos. Distribuíram água e chocolate e é isso..” , refere ao Jornal visivelmente aborrecido.

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